O agronegócio terá participação recorde nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2017. Somente no acumulado de janeiro a novembro, dos R$ 61 bilhões liberados pela instituição, R$ 13 bilhões, ou 21, 4%, foram para o setor.
O volume de crédito é 8% superior ao verificado nos 11 meses do ano passado. Considerados os últimos doze meses, esse crescimento é ainda maior: 13%, com R$ 14,8 bilhões desembolsados no período compreendido entre dezembro de 2016 e novembro de 2017.
De acordo com dados levantados pelo BNDES a pedido da SNA, os financiamentos para o cultivo de soja lideraram o ranking das liberações, respondendo por R$ 5,5 bilhões. Em seguida estão os financiamentos concedidos a bovinos para corte (R$ 1,6 bilhão) e cultivo de cana-de-açúcar (R$ 1 bilhão).
Quando observada a participação do agronegócio nas liberações feitas pelo BNDES, a participação é crescente. Em 2008, o setor respondia por 6,2%, do montante total, passando a 7,3% em 2012 e fechando 2016 em 15,7%. Estes números reforçam a importância e o peso dos negócios ligados ao campo na economia brasileira.
O peso e o dinamismo do setor se estendem ainda mais. O recorte feito pelo banco pode não abranger a aquisição de algumas máquinas e equipamentos, que contam com recursos de uma linha exclusiva, o Finame. De janeiro a novembro deste ano, o desembolso desta modalidade atingiu R$ 17,6 bilhões.
Considerado um dos principais termômetros da economia brasileira, o BNDES registrou R$ 60,1 bilhões em aprovações e R$ 61 bilhões em desembolsos, entre janeiro e novembro de 2017, recuo de 13% e 20%, respectivamente, quando comparados a igual período do ano anterior. Nos últimos 12 meses, as aprovações registraram R$ 69,8 bilhões (-20%) e os desembolsos, R$ 72,8 bilhões (-24%).
As liberações do BNDES, de janeiro a novembro de 2017, mantiveram a trajetória crescente na participação de micro, pequenas e médias empresas. O banco liberou, no período, R$ 26,5 bilhões para as empresas de menor porte, o que representa 43,4% do total.
No setor de Infraestrutura, o segmento de Energia Elétrica também apresentou expansão, com R$ 11,5 bilhões desembolsados de janeiro a novembro de 2017, o que representa crescimento de 55%, em comparação com o mesmo período de 2016.