Em um movimento técnico de recuperação – conhecido no mercado internacional como ‘Turnaround Tuesday’, ou ‘terça-feira da virada’ – os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam com leves altas na manhã desta terça-feira. A commodity subia entre 1,75 e 2 pontos em seus principais vencimentos, por volta de 7h10 (horário de Brasília). Assim, o janeiro/18 tinha US$ 9,63 e o maio/18, US$ 9,85 por bushel.
As cotações seguem direcionadas pelo cenário climático na América do Sul, que traz melhores condições tanto para o Sul do Brasil, quanto para a Argentina e também para o Paraguai. As chuvas dos últimos dias – embora insuficientes para algumas regiões – trouxeram algum fôlego para os produtores dessas áreas e pesaram sobre os preços.
Além disso, os traders seguem se ajustando antes do final do ano, buscando garantir lucros e um bom posicionamento antes do início de 2018, quando a safra sulamericana já estará um pouco mais adiantada, permitindo estimativas mais assertivas sobre seu potencial dali em diante.
Paralelamente, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta segunda-feira (18), o climatologista Luiz Carlos Molion afirma que o La Niña previsto deverá ser de forte intensidades, porém, sem causar grandes prejuízos para a safra do Brasil. Tanto a temporada em desenvolvimento, quanto a safrinha deverão contar com boas condições climáticas. Os alertas, porém, ficam por conta dos veranicos que podem ocorrer.
Começam a entrar no radar dos investidores também – e já! – as especulações sobre a nova safra americana, com alguns primeiros números já sendo divulgados por consultorias privadas, bem como sobre os números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) pode apresentar em seu boletim mensal de oferta e demanda de janeiro.