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Chuvas atrapalham início do plantio do algodão em Mato Grosso

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Áreas de instabilidade continuam concentradas sobre boa parte da região norte do Brasil. A chuva intermitente que já perdura a mais de 10 dias sobre a metade norte do Brasil, já começa a trazer alguns prejuízos aos produtores, pois tais condições meteorológicas estão impossibilitando a realização dos tratos culturais, em especial a realização das pulverizações de fungicidas e herbicidas. Além disso, tais condições impedem o início do plantio do algodão nas principais regiões produtoras do Mato Grosso.

Em Mato Grosso, os 600 mil hectares previstos para serem cobertos na safra 2017/18 começaram a ser semeados nessa semana. Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), essa primeira semana de retomada da cotonicultura vai fechando com 1,55% da superfície cultivada, volume que revela atraso ante os 2,47% plantados em igual momento de 2016.

O tempo mais fechado deverá persistir ao longo dos próximos cinco dias – passando por este final de semana – atrapalhando ainda mais os tratos culturais e reduzindo as taxas fotossintéticas das plantas. Ainda é cedo para dizer que tais condições irão afetar a produtividade, uma vez que afeta diretamente a granação, mas que em algumas lavouras essa baixa taxa de radiação solar poderá afetar no máximo rendimento das lavouras.

Por outro lado, no Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia a chuva mantem o solo com níveis bastante satisfatórios de umidade. A previsão indica mais chuva para os próximos dias, por isso, as condições se manterão favoráveis ao desenvolvimento das lavouras de soja e milho. Além disso, o plantio do algodão começa a ser realizado em várias áreas do oeste da Bahia.

Na metade sul do Brasil, segue marcada pelo tempo seco e muito calor, onde as temperaturas poderão, facilmente, passar dos 32°C ao longo da tarde. Essa ausência de chuva já começa a trazer muita preocupação aos produtores. Algumas microrregiões já apresentam reduções nos índices de produtividade de suas lavouras, uma vez que tais localidades estão a mais de 22 dias sem receber uma só gota de chuva. Apenas lavouras de arroz da metade sul do Rio Grande do Sul é que não apresentam nenhum problema, já que os níveis dos reservatórios ainda estão relativamente bons, mas já há locais onde esses níveis caíram drasticamente nos últimos dias.

A previsão é que ao longo da semana que vem, o tempo irá permanecer fechado e chuvoso em grande parte da metade sul do Brasil o que possibilita a elevação dos níveis de umidade do solo e garante uma excelente condição ao desenvolvimento das lavouras. O mesmo irá ocorrer nas áreas produtoras da Argentina e do Paraguai. Assim, áreas que estão sob forte estresse hídrico serão beneficiadas.

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