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IBGE e Conab preveem queda na produção de grãos

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A safra de grãos 2017/2018 está estimada em 226,5 milhões de toneladas. Os números representam um recuo de 4,7% em relação à safra passada, de 237,7 milhões de t., considerada um feito excepcional do setor agrícola brasileiro. Mas a expectativa é de comportamento semelhante ao de ciclos anteriores, tendo como aliado o clima que favorece o bom desenvolvimento dos cultivos. A previsão está no 3º Levantamento da Safra de Grãos 2017/2018, divulgado nesta terça-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O plantio das principais culturas já terminou. Soja e milho continuam com a preferência do produtor, e respondem por cerca de 89% dos grãos produzidos do país. A soja deve alcançar 109,2 milhões de toneladas contra 114,1 milhões/t do último período. Já a expectativa para o milho total é de 92,2 milhões, contra 97,8 milhões/t distribuídos entre primeira e segunda safras no período 2016/2017. A primeira safra pode alcançar números menores no ciclo atual e ficar em 25 milhões de t, enquanto que a segunda safra pode alcançar 67,2 milhões de toneladas, quase igualando ao registro da produção passada de 67,4 milhões/t. Por outro lado, o algodão em pluma deve alcançar 1,7 milhão de toneladas, com aumento de 10,5% na produção e de 11% na área, marcando números próximos a mil hectares.

No caso da área total plantada, favorecida pelo aumento do plantio de algodão e principalmente da soja, estima-se um aumento de 0,9%, podendo chegar a 61,5 milhões de hectares. A soja, graças à maior liquidez e a possibilidade de melhor rentabilidade em relação a outras culturas, deve ter uma elevação média de 3,1%, podendo alcançar 35 milhões de hectares – aumento de 1 milhão de hectares frente a 2016/2017. Já a área do milho primeira safra deve diminuir 9,6%, o que vai refletir na área total da cultura, estimada em uma redução de 528 mil hectares.

Quanto à produtividade, os números se baseiam em análises de séries históricas, levando-se em conta que a safra ainda está em fase de plantio. Apenas a soja conta com informações colhidas em campo, que apontam para uma produtividade de 3.123 kg/hectares contra 3.364 da safra anterior.

A pesquisa foi feita nos principais centros produtores de grãos do país, do dia 14 a 25 de novembro.

IBGE – O segundo prognóstico para a safra 2018 mostra que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas foi estimada em 219,5 milhões de toneladas, 9,2% abaixo da safra de 2017. Esta redução deve-se às menores produções previstas para o milho (15,9 milhões de toneladas) e para a soja (6,8 milhões de toneladas).

Já a 11ª estimativa para a safra de 2017 totalizou 241,9 milhões de toneladas, com aumento de 56,1 milhões de toneladas (30,2%) em relação a 2016 (185,8 milhões de toneladas). A área a ser colhida (61,2 milhões de hectares) foi 7,2% maior que a de 2016. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, e, somados, representam 93,9% da estimativa da produção e respondem por 87,8% da área a ser colhida. Em relação a 2016, houve aumento de 2,2% na área da soja, de 19,2% na área do milho e de 4,6% na área de arroz. Quanto à produção, ocorreram aumentos de 17,4% para o arroz, 19,4% para a soja e 55,2% para o milho.

Regionalmente, a estimativa de novembro para a safra de 2017 aponta produção de cereais, leguminosas e oleaginosas com a seguinte distribuição, em toneladas: Centro-Oeste (106,0 milhões); Sul (85,2 milhões); Sudeste (24,0 milhões); Nordeste (17,9 milhões) e Norte (8,8 milhões). Em relação à safra passada, foram constatados aumentos em todas as regiões: Sudeste (16,4%), Norte (25,1%), Nordeste (86,2%), Centro-Oeste (41,0%) e Sul (16,1%). Nessa avaliação para 2017, o Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 26,2%, seguido pelo Paraná (17,2%) e Rio Grande do Sul (15,1%), que, somados, representaram 58,5% do total nacional previsto.

Neste segundo prognóstico, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2018 foi estimada em 219,5 milhões de toneladas, 9,2% inferior ao total obtido na safra de 2017. Esta redução deve-se às menores produções previstas para o milho (15,9 milhões de toneladas) e para a soja (6,8 milhões de toneladas).

Entre os cinco principais produtos para a próxima safra, três devem apresentar quedas na produção: arroz em casca (-8,0%), milho em grão (-15,9%) e soja em grão (-5,9%). São esperadas altas na produção de algodão herbáceo (4,5%) e de feijão em grão (4,1%).

Neste prognóstico, as informações de campo representam 93,8% da produção nacional prevista, enquanto as projeções respondem por 6,2% do total estimado.

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