Uma comitiva do Japão visitou Sorriso nesta tarde com o objetivo de conhecer um pouco mais das riquezas produzidas na Capital do Agronegócio. Os orientais conheceram um frigorífico de suínos do município e, segundo explicou o conselheiro sênior do grupo de pesquisa internacional Alic, Akio Tamai, a ideia é fazer uma pesquisa sobre a região, para posteriormente levar informações para investidores em potencial.
“Nós somos de um órgão do governo japonês e o nosso objetivo é coletar informações para serem divulgadas no mercado japonês. O nosso foco está na pecuária, no agronegócio, como gados, suínos e agricultura. Coletamos as informações e fornecemos ao povo japonês. O nosso objetivo não é fazer investimento na região, mas através da nossa pesquisa, da divulgação, porque temos uma revista especializada, os leitores, que são funcionários do governo, importadores, consumidores, produtores, investidores e bancos, podem se interessar em fazer investimentos nesta região”.
Durante a visita ao país a comitiva passará por Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Tapurah. De acordo com Tamai, vários fatores encontrados na região chamam a atenção dos japoneses. “O que presenciamos aqui nesta região é que tanto na produção, como na tecnologia e também na conservação do meio ambiente, é que o Brasil tem alta tecnologia e alta qualidade”.
Conforme o coordenador técnico do frigorífico sorrisense que recebeu os estrangeiros, Jonas Stefanello, o pedido para que as portas fossem abertas para os pesquisadores partiu do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ele afirma que a vinda deles é importante não só para a empresa, mas para todo Mato Grosso. “Pra nós isso vem em um momento bem legal devido as melhorias que fizemos nas áreas de certificação para exportação. Temos a oportunidade de mostrar para compradores de carne japoneses que temos condições de atender a demanda com a qualidade que eles estão procurando”.
Ainda conforme Stefanello, atualmente apenas o estado de Santa Catarina possui plantas habilitadas para exportar carne suína para o Japão, contudo com a expedição em Mato Grosso esse cenário pode mudar. “Eles escolheram começar a expedição pelo Mato Grosso e terminar em Santa Catarina, isso significa que eles já estão de olho em abrir novos mercados dentro do Brasil e abrir novas plantas que tenham condições em termos de controle sanitário e também em diferenciação dos produtos em relação a qualidade da carne”.