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Soja fecha em alta na CBOT, mas não configura tendência positiva

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Os preços da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a subir nesta segunda-feira, trabalhando no campo positivo ao longo de todo o dia. Carlos Cogo, consultor de mercado avalia que este comportamento reflete a configuração da importância do mercado climático na América do Sul, sobretudo na Argentina, país no qual alguns consultores já visualizam a possibilidade de redução de área, tanto pela seca quanto pelos excessos hídricos. Os fundos de Chicago também ficam mais cautelosos neste final de ano, a não ser que o clima traga mais preocupações de fato.

No Brasil, não é possível falar de quebras até o momento, mas o clima não deve ser tão bom quanto o da safra passada. Além disso, as consultorias que trabalham em conjunto com Cogo indicam por consenso que o La Niña está configurado e deverá ter pico em janeiro, devendo permanecer até março e abril, o que traz impactos diretos para o Sul do país em termos de falta de chuva e excesso de chuva para o Brasil Central, o que pode impactar na colheita com a dificuldade de entrada de máquinas e problemas de qualidade.

Os produtores brasileiros que ainda possuem soja para comercializar podem encontrar boas oportunidades no mercado interno. “O que não pode esperar é milagre”, diz o consultor. Chicago não sofre pressão baixista e nenhum fator, neste momento, guia a bolsa para este movimento.

Contudo, as vendas futuras estão atrasadas internamente: não há mais de 35% da safra brasileira negociada. Cogo lembra que as margens atuais ao produtor brasileiro são maiores do que as de outros países, mas que as margens maiores do passado ainda deixam sombras nas comercializações.

Os preços da soja no mercado brasileiro acompanharam as altas observadas na Bolsa de Chicago na sessão desta segunda-feira e também terminaram o dia em campo positivo. A leve baixa observada pelo dólar frente ao real acabou perdendo força diante do avanço no cenário internacional e as referências subiram tanto no interior, quanto nos portos do país.

No interior, os ganhos variaram de 0,68% a até 1,54% entre as principais praças de comercialização, com os indicativos variando entre R$ 63,50 e R$ 74,50 por saca. Nos portos, estabilidade nos R$ 75 para a soja disponível em Paranaguá e alta de 0,68% para R$ 74,50 em Rio Grande. Já para a soja da safra nova, R$ 75,50 no terminal paranaense e R$ 76,60 no gaúcho, com altas de, respectivamente, 0,27% e 0,79%.

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