Em um mês, os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) visitaram um milhão de estabelecimentos rurais em todo o País. O balanço, divulgado nesta quarta-feira, está dentro das expectativas, mas já impressionou o coordenador técnico do Censo Agro, Antônio Florido.
“Surpreendeu a quantidade de questionários que recebemos neste primeiro mês, já que sabíamos que as duas primeiras semanas eram de adaptação. São cinco meses de coleta, pouco mais de 5 milhões de estabelecimentos, o que dá cerca de 1 milhão de questionários por mês. Foi o que fizemos em outubro. A previsão é que, em novembro, a gente ultrapasse essa marca de 1 milhão no mês, com novos recenseadores e ajustes feitos”, explica.
A coleta é totalmente digital, por meio dos Dispositivos Móveis de Coleta (DMCs), que rodam um aplicativo desenvolvido pela Diretoria de Informática do IBGE . O questionário tem perguntas cujas respostas vão ajudar a elaborar um novo perfil da pecuária, agricultura e agronegócio brasileiro.
Para realizar o trabalho, aproximadamente 20 mil recenseadores estão em campo em todos os estados do Brasil. Nem todas as cidades, no entanto, já foram visitadas. Isso porque o ritmo da coleta varia de acordo com as particularidades de cada local.
Em Mato Grosso, por exemplo, a quantidade de grandes propriedades demandam mais tempo dos recenseadores. Cada um visita cerca de seis setores censitários (divisão territorial de trabalho) e só pode passar para a próxima área após concluir a anterior. Assim, o IBGE explica que enquanto o recenseador visita um setor, outros cinco estão sem coleta.
Após terminar a entrevista com os proprietários dos estabelecimentos rurais, o recenseador envia o questionário com as informações do estabelecimento que visitou. Os dados são checados pelos agentes censitários supervisores e ou regionais, que verificam a consistência das informações.