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Brasil inova e etanol de soja será lançado em Sorriso; investimento de R$ 115 milhões

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O Brasil mostra seu pioneirismo no setor de biocombustíveis. Iniciativa inovadora na indústria mundial, a produção de etanol hidratado a partir da soja prevê investimentos de R$ 115 milhões. Os recursos serão destinados ao processamento de etanol e lecitina de melaço de soja em um complexo industrial em Sorriso, no Mato Grosso.

O projeto, direcionado à venda no mercado interno, está sendo desenvolvido pela Caramuru – empresa de capital nacional que atua no processamento de grãos e na produção de biodiesel.

“A unidade terá capacidade anual de 6,8 milhões de litros de etanol hidratado e três mil toneladas de lecitina”, afirma o vice-presidente da empresa, César Borges de Sousa. “O objetivo é agregar valor à produção. Ao mesmo tempo, o investimento abre novas oportunidades de negócios para o produtor do Mato Grosso”.

Sousa explica que o etanol hidratado, além de ser usado, em sua forma pura, como combustível para todos os veículos, serve ainda de matéria-prima industrial para a fabricação de perfumes, materiais de limpeza, solventes e tintas. Já a lecitina de soja é aplicada em vários segmentos, como chocolates, margarinas, sorvetes, biscoitos, pães e massas, produtos instantâneos, doces e molhos, além de ser utilizada na fabricação de produtos dietéticos, farmacêuticos e também em cosméticos.

O vice-presidente da Caramuru garante que todo o potencial da matéria-prima soja será aproveitado com alta eficiência energética na nova planta do complexo industrial, reduzindo, dessa forma, os impactos ambientais. “Ao processar a soja, serão produzidos simultaneamente energia elétrica (cogeração), biodiesel e etanol hidratado. O investimento na nova planta também está inserido em um processo de inovação que permite a produção simultânea de SPC (proteína concentrada de soja), lecitina e etanol”, explica Sousa.

Ele afirma que a ampliação do complexo industrial da Caramuru em Sorriso irá gerar 60 novos empregos diretos e 200 indiretos para a região.

A primeira parcela de financiamento dessa produção já foi liberada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Finep. Inicialmente serão R$ 40 milhões, de um total de R$ 69 milhões aprovados para longo prazo. O investimento restante ficará a cargo da própria empresa, por intermédio de recursos próprios e da captação em bancos.

As informações são da assessoria da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA).

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