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Soja: com alta do dólar e Chicago estável, preços testam os R$ 71,50 nos portos do Brasil

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Os preços da soja fecharam com estabilidade tanto na Bolsa de Chicago, quanto no mercado brasileiro nesta quinta-feira. As posições mais negociadas no mercado futuro norte-americano encerraram o dia com ganhos de pouco mais de 0,50 ponto entre as cotações mais negociadas, com o maio/18, referência para a nova safra do Brasil em US$ 9,98 por bushel.

No interior do país, apenas algumas praças de comercialização apresentaram variações entre os indicativos, como foi o caso de Ubiratã e Cascavel, ambas no Paraná, com uma baixa de 0,84% para R$ 59 por saca. Já em Rio do Sul, Santa Catarina, o preço subiu 1,67% para R$ 61. No Centro-Oeste, cotações estáveis.

De outro lado, nos portos, as referências subiram e encontram bons momentos ao longo do dia, ainda superando os R$ 70 por saca tanto para a oleaginosa disponível, quanto para a safra nova. Nesta quinta, Paranaguá fechou com R$ 71 e R$ 72 por saca, respectivamente. No terminal de Rio Grande, as últimas referências do dia foram de R$ 71 e R$ 73.

Apesar da movimentação tímida na Bolsa de Chicago, a boa demanda pela soja brasileira e mais o dólar em alta deram espaço para estes pequenos ganhos no mercado interno. Nesta quinta, a moeda americana refletiu a expectativa sinalizada pelo Federal Reserve de ainda subir os juros nos EUA e fechou com alta de ,48% para ser cotada a R$ 3,1444.

“A força do Fed prevaleceu sobre o otimismo interno, num movimento de correção que seguiu o exterior, mas esse otimismo deve continuar”, avaliou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora nacional à agência de notícias Reuters.

“A soja teve um dia de negócios pontuais, chegando a operar nos R$ 71,50 no melhor momento do final da manhã em alguns portos. No final do dia, novamente, mostrou alguns negócios na exportação e mostrava mais compradores internos que temem pelo atraso da entrada da nova safra e começam a se movimentar”, explica Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.

Mercado Internacional

Na Bolsa de Chicago, o dia foi de movimentação técnica e o mercado ainda caminhando de lado. Ainda como explica Brandalizze, os traders até testaram o lado positivo da tabela, porém, na sequência, voltaram a realizar lucros. “O mercado segue sem novidades e de olho na colheita dos EUA”, diz.

Na ponta do suporte para os preços, o novo boletim semanal de vendas para exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe vendas americanas muito fortes e acima do esperado para a última semana.

Na semana encerrada em 14 de setembro, o país vendeu 2.338,1 milhões de toneladas da oleaginosa da safra 2017/18, enquanto as expectativas variavam de 1,2 a 1,5 milhão de toneladas. A maior parte desse volume foi destinada à China. Com esse total, os EUA já tem um total de 19.331,9 milhões de toneladas de soja em grão comprometidas com as exportações – menos do que pouco mais de 24 milhões do ano passado nesse mesmo período, e a estimativa do USDA é de que as vendas totais desta temporada sejam de 61,24 milhões de toneladas.

E sobre o clima na América do Sul, também poucas novidades que ainda não estejam precificadas pelo mercado. O foco do produtor brasileiro agora é o clima. O plantio já está autorizado há alguns dias no país, porém, as chuvas não chegaram na maior parte das regiões produtoras e, de acordo com a maior parte das últimas previsões, esse cenário só deverá mudar efetivamente e para melhor em outubro, quando será possível se registrar uma melhor regularidade e distribuição das precipitações.

A consultoria internacional AgResource traz mapas detalhados para os períodos dos próximos 1 a 5; 5 a 10 e 10 a 15 dias que confirmam esse quadro, trabalhando com três modelos diferentes: americano, europeu e canadense.

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