Os futuros da soja, nesta segunda-feira, dão início à semana atuando em campo positivo na Bolsa de Chicago. As cotações subiam entre 2,50 e 3 pontos nos principais vencimenrtos, com o novembro/17 sendo cotado a US$ 9,71 e o maio/18, referência para a safra brasileira, valendo US$ 9,98 por bushel.
Segundo explicam analistas e consultores, o mercado, embora acompanhe de perto a conclusão da safra 2017/18 dos Estados Unidos, já volta seus olhos para a nova safra da América do Sul, uma vez que algumas ameaças climáticas começam a aparecer no radar dos traders.
O tempo seco e o atraso das chuvas preocupa, uma vez que o início do plantio já está permitido desde a última sexta-feira (15), com o fim do vazio sanitário em boa parte dos principais estados produtores. No entanto, quase nenhum deles tem condições adequadas para um começo efetivo dos trabalhos de campo.
A demanda, que vem muito forte nos últimos dias, também ainda tem bastante informação entre a formação dos preços neste momento, em que o mercado segue buscando novidades fortes que possam tirar o mercado desse caminhar ‘de lado’ na CBOT.
Segundo relata o analista internacional Terry Reilly, da Futures International, o CNGOIC (Centro de Informações sobre Grãos e Óleos da China) sinalizou as importações de soja da China em mais de 9 milhões de toneladas, acima das 7,5 milhões esperadas para outubro.
Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos traz seus novos dados de embarques em um boletim semanal e os números são aguardados pelos traders. Além disso, no fim da tarde após o fechamento do pregão, chega o novo reporte semanal de acompanhamento de safras também trazido pelo USDA.
“Os traders observam e analisam a continuidade do tempo seco no Brasil, rendimentos da soja americana que está sendo colhida e que segundo alguns analistas está desapontando e uma expectativa de novas compras chinesas durante esta semana que se inicia”, explica o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa.