Sem a referência das cotações em Chicago, em função do feriado nos Estados Unidos, os preços da soja no Brasil fecharam o dia com estabilidade em todas as praças de comercializaçã pesquisadas pelo Notícias Agrícolas nesta segunda-feira. Nos portos, a movimentação das cotações também foi bastante tímida.
No interior do Brasil, as referências ainda variam entre R$ 51,50 e R$ 66 por saca, com um mercado cada vez mais regionalizado. Como explica o analista de mercado Marlos Correa, da Insoy Corretora, as negócios se mantêm lentas com os compradores ainda retendo sua oferta, no intuito de esperar melhores momentos que podem ser trazidos pelo mercado interno, especialmente pela indústria nacional.
Entre as exportações, o melhor e mais forte momento já passou. Apesar disso, o volume das vendas externas do Brasil no acumulado de agosto deste ano foi de 5,95 milhões de toneladas, de acordo com números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira. O total é menor do que as 6,95 milhões de toneladas de julho, porém, fica acima das 3,51 milhões de agosto de 2016.
E as referências de preços nos portos também não têm sido um atrativo para os produtores brasileiros. Com os patamares mais baixos em Chicago, os prêmios positivos têm permitido alguma sustentação para as cotações neste momento. Em Paranaguá, por exemplo, os indicativos tanto para a safra nova, quanto para a velha seguem nos R$ 70 por saca.
“Semana curta no Brasil e negócios pontuais nos portos. O mercado da soja terá uma semana curta pela frente, porque temos o feriadão da Independência e assim, ficando de segunda-feira a quarta-feira o período de negociações. Com expectativa que tenhamos novos fechamentos na exportação, onde segue comprador, seguindo lento no mercado interno, onde as indústrias apontam que seguirão trabalhando com o que tem nas mãos e poucos fechamentos para estocagem deverão vir no curto prazo. As negociações com a safra nova continuarão escassas, mas os insumos ainda estarão sendo efetivados, principalmente com Soja a fixar”, explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.