Após três pregões consecutivos de perdas, os futuros da soja iniciaram a sessão desta quarta-feira com ligeiras altas, próximos da estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 5h55 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa exibiam tímidos ganhos entre 0,75 e 1,25 pontos. O contrato novembro/17 era cotado a US$ 9,38 por bushel e o janeiro/18 trabalhava a US$ 9,47 por bushel.
Segundo informações das agências internacionais, o mercado esboça uma recuperação depois das recentes desvalorizações. Contudo, as cotações ainda são pressionadas pela perspectiva de uma grande safra nos Estados Unidos, conforme reportam os especialistas.
Apesar das preocupações registradas desde o início do desenvolvimento da cultura, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) projeta uma safra de 119 milhões de toneladas nesta temporada. E os números trazidos pelo Crop Tour, na última semana, estimaram a produção em 117,8 milhões de toneladas.
E, além disso, no início dessa semana, o departamento elevou para 61% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições nos EUA. Outro fator que segue no radar dos investidores é o Furacão Harvey no país, especialmente na região do delta do Rio Mississippi.
“Embora o plantio de soja e milho nesta região seja pequeno, as lavouras já estão em fase de colheita. No Texas, por exemplo, os produtores já colheram metade das lavouras de milho e 5% da soja. O volume, no entanto, é pequeno e não causa maiores impactos no mercado”, reportou a Granoeste Corretora de Cereais.
Paralelamente, a demanda pelo produto americano permanece aquecida, de acordo com o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. Ainda nesta terça-feira, o USDA reportou a venda de 198 mil toneladas de soja para a China.