A segunda-feira (24) começa com baixas acentuadas para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. As cotações perdiam mais de 17 pontos, por volta das 7h15 (horário de Brasília), e os primeiros contratos já perdiam o patamar dos US$ 10,00 por bushel.
O recuo, segundo explicam analistas internacionais, é reflexo de novas previsões climáticas indicando alguma melhora nas condições para o Corn Belt nesses próximos dias, além de um final de semana de boas chuvas em algumas áreas do cinturão.
“Houve chuvas significativas no nordeste em 25% de Illinois e no noroeste de Indiana, e em partes de Iowa, onde os volumes chegaram a até 177,8 mm”, disse o meteorologista do instituto WxRisk, David Tolleris, ao portal britânico Agrimoney. Por outro lado, o especialista afirma ainda que algumas áreas como o centro e leste de Iowa, leste de Nebraska e o norte de Missouri não receberam essas precipitações.
Dessa forma, aquela ameaça do calor intenso, com altas temperaturas em Iowa, norte do Missouri e na porção sul de Illinois parece, ao menos, amenizada agora, enquanto permanece ainda para a região das Planícies.
Tolleris, por outro lado, chama a atenção ainda para a chegada de uma frente fria vinda do Canadá que pode trazer volumes significativos de chuvas para o sul de Minnestoa, norte de Wisconsin, nordeste de Nebraska até a noite de quarta-feira. Para o leste de Nebraska, sul de Wisconsin e Iowa, até quinta-feira.
Enquanto isso, as especulações sobre o clima e sobre a safra americana crescem e continuam direcionando o andamentos dos preços em Chicago. As baixas desta segunda-feira são mais uma das tradicionais realizações de lucros – após as altas acumuladas na semana anterior de mais de 2%, com os fundos vendendo parte de suas posições e se posicionando ainda antes do próximo boletim semanal de acompanhamento de safras que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estadps Unidos) traz no final da tarde de hoje, às 17h (horário de Brasília), após o fechamento do pregão.
Na semana anterior, o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições nos EUA foi reduzido em 2 pontos percentuais, para 61%.