O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária -IMEA- informou que a segunda estimativa de oferta e demanda (OeD) de milho de 2017 traz a consolidação de importantes indicadores do balanço de OeD para a safra 15/16 e novos reajustes para a safra 2016/17. Com a produção de milho para safra 2015/16 consolidada em 19,1 milhões de toneladas, à oferta do cereal ficou em 19, 2 milhões de toneladas, uma retração de 27,9% em relação a 14/15. Para a safra a 2016/17, a produção de milho foi revisada para 29,53 milhões de toneladas, produção que vem se confirmando com o passar da colheita e se fundamenta principalmente no clima favorável ao desenvolvimento do milho segunda safra no Mato Grosso.
Assim, a oferta total de milho referente a safra 2016/17, está prevista em 29,55 milhões de toneladas. Com relação
à demanda para ambas a safras, para o consumo interno de Mato Grosso, os números não sofreram grandes alterações, apenas ajustes movidos pelas expectativas no consumo animal e de etanol. Logo, é esperado que sejam consumidos em Mato Grosso 3,59 milhões de toneladas e 4,38 milhões de toneladas, para as safras 2015/16 e 2016/17, respectivamente. Em relação ao consumo interestadual, a quebra de safra e em consequência a disparada nos preços no ano passado fez com que muitas empresas de outros Estados tentassem se proteger de preços elevados e garantir o milho para suas necessidades de modo que estão previstos consumos de 6, 79 milhões de toneladas para a safra 15/16 e 6,48 milhões de toneladas para a 16/17.
As exportações para a safra 15/16 fecharam em 8,75 milhões de toneladas, retração de 53,18% ante 2014/15. Já para a safra 16/17, a necessidade de exportação do cereal eleva -se, sendo projetado que 16,8 milhões de toneladas de milho sejam enviadas ao exterior, aumento de 91,97% em relação ao consolidado na última safra.
Outro destaque, segundo o IMEA, são as aquisições públicas para safra 2016/17, de um milhão de toneladas, de contratos de opção emitidos pela Conab, que pelo momento atual tendem a ser exercidos em sua totalidade pelos produtores. Assim com os reajustes na oferta e consolidação das exportações para a safra 2015/16,
os estoques finais foram projetados em 200 mil toneladas. Já para a safra 2016/17, apesar da elevação da demanda o aumento da produção esperada para a safra pesou mais sobre o balanço da oferta e demanda do milho, de modo que os estoques finais sofreram um aumento ante ao último levantamento, ficando estimados em 900 mil toneladas