Durante anúncio do Banco do Brasil de recursos destinados pela instituição ao Plano Safra 2017/2018 o presidente Michel Temer disse que ações como o incentivo à agropecuária o estimulam a persistir na tarefa de superar a crise econômica herdada da gestão anterior e que as medidas adotadas pelo seu governo estão tirando o país da recessão profunda em que se encontrava. “Foi esse governo que botou a economia nos trilhos”, afirmou.
O presidente Michel Temer disse ainda que o resultado positivo é fruto da descentralização que tem promovido para que os ministros tomem decisões que acharem mais corretas. “Foi essa autonomia especial dada a cada setor da administração que permitiu ao nosso governo fazer, em um ano e um mês, medidas que têm dado os melhores resultados ao país”. O presidente aproveitou para destacar o trabalho do ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) de abrir novos mercados para o agronegócio brasileiro. “Esperamos que você viaje mais”, brincou.
O ministro Blairo Maggi aproveitou o anúncio do BB para comemorar a safra recorde de 237 milhões de toneladas de grãos, divulgada minutos antes pela Conab, e previu que esse número pode subir para 240 milhões de toneladas ainda neste ano. “Cada vez mais os números crescem”, afirmou.
Na avaliação do ministro, o resultado positivo da safra deve-se ao trabalho de planejamento. “Uma safra se faz com planejamento. Sabemos que se não houver planejamento na compras de insumos, financiamento na hora certa, não adianta São Pedro colaborar, que não vamos ter condições de fazer”.
Blairo Maggi garantiu que “o governo já fez sua parte para uma nova e grande safra”. E acrescentou que o governo trabalha para fortalecer as exportações: “O mais vantajoso para um país é fazer negócios fora. É, assim, que vamos crescer”, disse, acrescentando: “O mercado não se faz dando beijinhos e abraços. Se conquista na cotovelada e na butina. É assim que tem que ser feito. Claro que dentro das regras”.
A cerimônia foi realizada no Centro Cultural Banco do Brasil e contou ainda com a presença do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O Banco do Brasil é o maior financiador do agronegócio no país e neste ano vai destinar R$ 103 bilhões, valor 30% maior do que o anunciado no ano passado. Do total, segundo o presidente do BB, Paulo Cafarelli, R$ 91,5 bilhões, irão para o crédito rural aos produtores e cooperativas. Do montante, R$ 72,1 bilhões vão para operações de custeio e comercialização e R$ 19,4 bilhões para créditos de investimento agropecuário.
O BB também destinou R$ 1 bilhão para o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns e outro R$ 1 bilhão para o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro). A abrangência do programa foi ampliada e inclui, agora, equipamentos de agricultura de precisão e sistemas de conectividade para a gestão das atividades agropecuárias.
Outro programa, que teve os recursos ampliados pelo Banco do Brasil foi o da Agricultura de Baixo Carbono, conhecido como plano ABC. De acordo com o presidente do BB, serão destinados R$ 1,5 bilhão para o financiamento de projetos voltados a esse tipo de iniciativa.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) terá R$ 14,6 bilhões disponíveis para os produtores. Serão mantidas as taxas de financiamento de 2,5% a 5,5% ao ano. A linha de crédito Pronaf Mais Alimentos terá R$ 6,5 bilhões.