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Mato Grosso pode ter centro de pesquisas para produção de gado

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Um centro de pesquisas aplicadas à produção de gado de corte pode transformar Mato Grosso em um polo tecnológico. A proposta requer investimento de R$ 2,1 milhões e visa organizar a cadeia produtiva da carne no Estado.

O projeto foi elaborado pelo pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Rodrigo Pacheco, e apresentado aos produtores da Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso (ACNMT) na segunda-feira (9), na sede da instituição, em Cuiabá.

“Temos uma cadeia produtiva muito antiga, com mais de 160 anos, porém, ela ainda não é madura se comparada com Estados Unidos e Austrália, onde todos os integrantes, entre eles produtores e frigoríficos, trabalham conjuntamente pelo mesmo objetivo”, explicou Pacheco, apontando este como um dos importantes desafios do centro de pesquisas.

Doutor em Zootecnia pela Universidade de São Paulo (Unesp) Botucatu com ampla experiência na área, ele explica que é possível mudar este cenário, como aconteceu em 2005 com a cadeia de produção do arroz mato-grossense, que hoje possui 85% dos produtos encontrados nas gôndolas dos supermercados produzidos no estado.

“O caminho é a exportação e não o canibalismo interno, mas para isso, é necessário que os produtores tenham uma postura visionária, de enxergar união de esforços entre as instituições públicas, privadas, frigoríficos, pecuaristas e universidades”, acrescentou o palestrante.

Como contrapartida do Governo do Estado, a Empaer vai disponibilizar uma área de 208 hectares, em Nossa Senhora do Livramento. A construção inclui espaços de confinamento, maquinário, benfeitorias, pastagem, centros de manejo e o projeto. A atuação prevê a participação do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac). “Nosso pesquisador tem expertise em novos projetos e projetos especiais, por isso quis trazê-lo para ter esta primeira conversa com os produtores”, frisou o presidente da Empaer, Cândido dos Santos Rosa Júnior

Para o presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, Jorge Pires de Miranda, além de fomentar as áreas de pesquisa, a proposta tem condições de viabilizar formação de mão de obra qualificada em Cuiabá e Várzea Grande, onde residem mais de 1 milhão de habitantes. “Vamos tirar pessoas da clandestinidade, gerar emprego, renda e oportunidades”.

Também avaliou positivamente Normando Corral, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), que aposta no protagonismo do setor produtivo para alavancar ainda mais a economia e o desenvolvimento de Mato Grosso. “O conhecimento é sempre algo bom, porque agrega valor ao nosso negócio e também promove melhor condição de vida às pessoas”.

Esta é a segunda rodada de palestras promovida entre abril e maio pela ACNMT, que conforme o presidente Mario Candia, quer estimular cada vez mais o produtor a participar e melhorar suas práticas. “Com isso, vamos agregar mais informação, tecnologias e, claro, maior rentabilidade”.

No dia 23 abril, esteve na associação o professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Jaboticabal, Flávio Dutra Resende, que é pesquisador doutor na área de zootecnia, que aposta na criação de um selo de origem e de qualidade para criar um nicho de mercado para a carne produzida no estado. Mato Grosso possui o maior rebanho bovino do país, com aproximadamente 30,3 milhões de animais, dos quais 80% desse total da raça Nelore.

As novas tecnologias visam promover melhorias em diversas áreas, como genética, de aditivos alimentares, sistemas de produção e melhoradores da qualidade de carne. Tudo reflete em melhores padrões de carcaça, terminação de gordura, idade dos animais a serem abatidos, qualidade, acabamento e maciez da carne. No mesmo espaço vão estar quem gera tecnologia e também o produtor rural, para que essas ideias sejam usadas mais rapidamente no campo e promovam de fato a melhoria na qualidade da carne mato-grossense.

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