Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago caem de forma intensa na manhã desta sexta-feira, devolvendo toda a boa alta registrada na sessão anterior. Por volta de 7h15 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 12,25 e 13,75 pontos, o que levava o vencimento julho/18 – o mais negociado nesse momento – a US$ 10,39 por bushel.
No noticiário internacional, as discussões entre China e Estados Unidos em torno do comércio da soja entre os dois países – além de outros acordos bilaterais e de comércio que estão em pauta – tira a força do mercado, apesar das especulações indicarem algum consenso podendo ser divulgado nos próximos dias.
Segundo o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, um acordo com termos mais amenos poderia ser anunciado ainda nesta sexta-feira, e trazer novas e melhores perspectivas sobre a demanda chinesa pela soja norte-americana.
Ao mesmo tempo, a China já vem anunciando medidas emergenciais para aumentar sua produção da oleaginosa, com a possibilidade de um aumento de área na próxima temporada.
Na outra ponta do mercado, a Argentina também mantém seu espaço no radar dos traders. “As vendas argentinas limitadas e as exportações reduzidas do complexo em abril sugerem que os estoques norte-americanos deverão ser reduzidos pelo USDA nos próximos boletins”. diz Richard Feltes, analista de mercado da RJ O’Brien ao Agrimoney.
Ademais, o mercado se atenta também às primeiras expectativas ao redor do novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na próxima semana, bem como nas condições de clima do Meio-Oeste americano e da evolução dos trabalhos de campo por lá.