Municípios que concentram a atividade agropecuária registram o maior saldo de vagas no 1º bimestre do ano. Lideram a lista as cidades de Sorriso (1,020 mil postos), Primavera do Leste (926), Sinop (747), Lucas do Rio Verde (693), Campo Verde (579) e Rondonópolis (480).
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Marcos da Rosa, comenta que o resultado é típico do período, que representa o fim da colheita de soja e início de plantio do milho. “Houve o começo da colheita de soja e este ano a área aumentou. Em função do tempo curto para colher, devido ao atraso no plantio, há mais má- quinas em operação, o que aumenta a necessidade de contratar mais pessoas”, afirma.
Para o economista Jonil Vital, a influência sazonal é perceptível neste período em Mato Grosso, mas a pujança do agronegócio poderia ser melhor aproveitada. “Seria importante que esse resultado do agronegócio chegasse à indústria, na ampliação dos parques de ração, carnes e outros que poderiam fomentar a atividade e espalhar os efeitos para os demais setores, além de gerar mais empregos, com maiores salários”.
A região metropolitana de Cuiabá registra saldo negativo no mesmo período. A Capital perdeu 174 postos de trabalho no bimestre, mesmo com a ampliação de 165 vagas em fevereiro. A vizinha Várzea Grande eliminou 77 postos de trabalho no acumulado do ano, chegando à perda de 192 vagas somente em fevereiro. “No interior, o agronegócio propicia o crescimento em outros setores, como o de serviços e do comércio”.