Segundo maior exportador de carne bovina em 2017, Mato Grosso também embarca bovinos vivos para outras regiões do planeta. Com o comércio internacional foram faturados US$ 80,423 mil pelos exportadores locais no último ano, queda de 69,44% sobre 2016, quando as vendas geraram um receita de US$ 263,250 mil. Os valores são informados pelo sistema eletrônico Agrostat do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo o governo federal, Mato Grosso enviou 21,450 mil quilos de bovinos vivos para outros países no último ano, 91,51% a menos que em 2016 (252,720 mil kg). Por sua vez, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) verifica que nos últimos 2 anos o perfil dos animais exportados sofreu alterações. O peso vivo médio por cabeça exportada entre 2015 e 2017 reduziu 31,8%, de 31,28 arrobas por cabeça para 21,33 arrobas por cabeça.
Com base no peso vivo médio por cabeça, calculado pelo Imea, é possível verificar que Mato Grosso embarcou apenas 67 bovinos no ano passado. Já em 2016, se mantido o peso médio de 31,28 arrobas/cabeça, as exportações correspondem a 407 animais. “Ainda que a quantidade exportada seja pequena, a venda dos animais com outros países é uma alternativa que se apresenta aos pecuaristas brasileiros”, pontuam os analistas do Imea.
Dados do Imea apontam que em 2017 foram exportadas 407,4 mil cabeças, quantia 39,2% maior que em 2016. Entre os principais exportadores estão o Pará (65,1%), Rio Grande do Sul (15,8%) e São Paulo (10,5%). O principal comprador brasileiro é a Turquia. Para o diretor-executivo da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, os pecuaristas venderam menos gado vivo para fora do país devido ao aumento da demanda do mercado internacional pela carne bovina.
Já o vice-presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), Paulo Bellincanta, afirma que exportar boi vivo é exportar imposto e emprego. “É exportar matéria-prima e não produto final. Só não entendem essa verdade grupos que defendem interesses próprios”, critica.