Após as baixas de mais de 16 pontos na sessão anterior, as cotações da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira. Os futuros da oleaginosa, por volta de 8h40 (horário de Brasília), registravam altas de 4,75 a 7,75 pontos entre os principais contratos, com o maio/18 de volta aos US$ 10,40 por bushel.
Com as últimas baixas, o mercado internacional bateu em suas mínimas de três semanas – sentindo ontem a pressão de uma pesquisa indicando a possibilidade de uma área recorde de soja nos EUA – e agora busca recuperar parte dessas perdas.
Além das especulações sobre a nova safra americana, o mercado ainda divide suas atenções com outros fatores que ainda influenciam as cotações neste momento.
“Os traders têm de lidar com a volatilidade trazida ainda pelo clima para a conclusão da safra da América do Sul e mais as incertezas sobre os impactos reais da disputa comercial entre chineses e americanos”, diz o boletim diário da consultoria internacional Allendale, Inc.
Assim, nesta quinta-feira o mercado segue atento às chuvas que estariam previstas para chegar a Argentina nestes próximos dias – embora, mesmo que se confirmem, chegam tarde às lavouras argentinas, onde já se especula uma safra menor de 40 milhões de toneladas – e também nas vendas semanais que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza hoje.
Os números esperados pelo mercado para a soja em grão variam de 800 mil a 1,2 milhão de toneladas. Já para o farelo, as expectativas são de 100 mil a 350 mil e para o óleo, de 15 a 35 mil toneladas.
Ainda hoje, a NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas) atualiza seus dados de esmagamento de soja nos EUA em fevereiro, também ajudando a desenhar o cenário da demanda no país.