O mercado internacional de grãos tem um início de semana bastante suave na Bolsa de Chicago e, na sessão desta segunda-feira, os futuros da soja acompanhavam o mesmo movimento. Por volta de 7h30 (horário de Brasília), os vencimentos mais negociados perdiam pouco mais de 1 ponto, com o maio/18 sendo cotado a US$ 10,38 por bushel.
As cotações buscam alguma estabilidade depois de, na semana anterior, acumular perdas que se aproximaram dos 3% após números baixisitas do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e das tensões em torno da disputa comercial entre chineses e americanos.
“A ameaça de que a China pode retaliar os EUA via comércio de soja se tornou mais vívida”, diz o diretor de estratégia agrícola do Commonwealth Bank da Austrália, Tobin Gorey. Autoridades chinesas, afinal, disseram que a commodity é um dos primeiros alvos de retaliação contra o aumento da taxação imposto pelo presidente Donald Trump às importações de aço e alumúinio, de acordo com informações da Reuters Internacional.
Paralelamente, as atenções se dividem com a questão climática da Argentina, onde no final de semana as condições não foram diferentes das que vêm sendo observadas nos últimos dias. Segundo o Commodity Weather Group, as chuvas foram muito localizadas, limitadas a menos da metade do cinturão produtor de soja e milho do país. E esse ainda deverá ser o cenário pelos próximos 10 dias.
De acordo com o grupo, as chuvas que aparecem em alguns modelos climáticos no intervalo dos próximos 11 a 15 dias não “trazem muita confiança” e, de qualquer forma, estariam muito atrasadas para as lavouras. “Chuvas poderiam limitar algumas perdas mais tardias na soja e no milho, mas as perdas de produtividade até este momento são severas e irreversíevis”, diz o CWG.