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Frete da soja sofre reajuste de 10% em Mato Grosso

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A colheita de 30,980 milhões de soja da safra 2017/2018 começa a movimentar o transporte de cargas em Mato Grosso. Com isso, os preços do frete iniciam a trajetória sazonal de alta. Atualmente, o valor cobrado pelos transportadores de cargas está cerca de 10% acima da média verificada no fim do ano passado, segundo o Movimento dos Transportadores de Grãos (MTG).

Líder do MTG em Mato Grosso, Gilson Baitaca comenta que os transportadores acumularam perdas no último ano com os reajustes contínuos dos combustíveis, especialmente do óleo diesel, bem como com o aumento da contribuição para o PIS/Cofins. “No 2º semestre de 2017, o diesel acumulou alta de 25%. Perdemos com o aumento do custo, porque isso (majoração do diesel) nos tirou a valorização do frete resultante da safra recorde”, avalia Baitaca.

Em 2017, a colheita de 31,271 milhões (t) de soja e 30,451 milhões (t) de milho – segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) – movimentaram os caminhões durante todos os meses. “Isso favoreceu o transporte. Tivemos volume e preço”.

Conforme Baitaca, a elevação de 10% no valor do frete neste início de 2018 compensa a queda de preço, na mesma proporção, verificada na virada do ano. “A gente trabalha com a possibilidade do frete aumentar um pouco mais, principalmente se o início da colheita no Paraná e Rio Grande do Sul diminuírem a oferta de caminhões”.

De acordo com ele, os entraves ao transporte de cargas no sentido Norte afetam o mercado local. “Essa questão com o Pará é bem crítica, porque é um trajeto com melhor remuneração, inclusive pelo risco nas operações. Como estamos em período de chuva, as obras param e o tráfego depende muito da meteorologia”.

Segundo o líder do MTG, o transportador perde R$ 800/dia com cada caminhão retido. E a retenção dos veículos vem ocorrendo nas últimas semanas na BR-163 no lado do Pará. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) fazem bloqueios parciais em alguns trechos mais críticos para evitar atoleiros graves como os que aconteceram no ano passado, que deixaram os caminheiros isolados na região por vários dias.

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