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Soja tem semana negativa na CBOT com correção técnica e previsões de chuvas na Argentina

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As principais posições da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) registraram ligeiras quedas ao longo da semana. Segundo levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, as cotações cederam entre 0,64% e 0,68%.

Nesta sexta-feira, as principais posições da oleaginosa recuaram pelo terceiro dia seguido em Chicago. As principais posições da commodity exibiram perdas de mais de 6 pontos. O vencimento março/18 era cotado a US$ 9,78 por bushel, enquanto o maio/18 trabalhava a US$ 9,90 por bushel.

De acordo com informações da Reuters internacional, “o mercado recuou diante das vendas técnicas e, com a previsão de melhora no clima na América do Sul, especialmente na Argentina”. Durante a semana, as cotações da soja também superaram importantes patamares de resistência.

O contrato março/18 rompeu o nível de US$ 10 por bushel. Já as posições mais longas ficaram acima do patamar de US$ 10,20 pro bushel.

No caso da Argentina, as previsões ainda indicam a continuidade do clima seco e altas temperaturas nos próximos dias. Cenário que fez com que a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) reduzisse a estimativa da safra para essa temporada de 54 milhões para 51 milhões de toneladas.

“Mas as previsões de chuvas e calor menos intenso a partir da próxima semana diminuíram os nervos sobre o dano da seca na Argentina, enquanto uma perspectiva de clima mais seco poderia ajudar a colheita da soja no Brasil”, reforçou a Reuters.

“Se perdermos 2 ou 3 milhões de toneladas de oferta na Argentina, isso poderia ser compensado por um valor equivalente no Brasil”, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics, em entrevista a Reuters.

O mercado de soja ainda enfrenta a pressão da demanda mais branda às cargas dos EUA. Ainda nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou as vendas semanais em 359 mil toneladas da safra 2017/18, na semana encerrada no dia 25 de janeiro.

“O foco do mercado também está se deslocando para os relatórios mensais de oferta e demanda do USDA, na próxima semana. A expectativa é que haja um ajuste nas projeções da safra na América do Sul após um período de tempo adverso”, reforçou a Reuters.

Ainda hoje, o USDA reportou a venda de 108,8 mil toneladas de soja para o México. O volume negociado deverá ser entregue ao longo da campanha 2017/18.

Mercado interno

Ainda conforme levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, a semana foi de ligeiras perdas aos preços da soja praticados no mercado doméstico. Em São Gabriel do Oeste (MS), o preço cedeu 3,33%, com a saca a R$ 58,00. Já em Brasília, a queda foi de 2,56%, com a saca a R$ 61,00. Em Mato Grosso, em Itiquira, a desvalorização foi de 2,31%, com a saca a R$ 59,30.

No Oeste da Bahia, a semana também foi negativa, com a saca a R$ 59,67 e recuo de 2,18%. No Paraná, em Cascavel e Ubiratã, a desvalorização foi de 0,81%, com a saca da soja a R$ 61,50.

Em contrapartida, nos portos brasileiros, os preços subiram essa semana. Em Paranaguá, a saca disponível subiu 1,97% e fechou a sexta-feira a R$ 72,40. No terminal de Rio Grande, o disponível encerrou a semana a R$ 72,30 a saca, com ganho de 0,70%. O valor futuro, para entrega maio/18, registrou alta de 0,82%, com a saca a R$ 73,60 a saca.

Nesse momento, as atenções dos participantes do mercado estão voltadas à colheita da soja. No maior estado produtor no país, Mato Grosso, a colheita chegou a 10,70% da área cultivada nesta safra, segundo reportou em seu boletim semanal o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

Apesar do ano de 5,38% na semana, o número ainda está abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 25,10%. A diferença em relação ao ciclo passado é de 14,40%.

Ainda nesta sexta-feira, a AgRural estimou a produção de soja em 116,2 milhões de toneladas. A estimativa está acima da última projeção da consultoria, de 114 milhões de toneladas. Já a INTL FCStone estima a safra em 111,08 milhões de toneladas.

Dólar

A moeda norte-americana encerrou a sexta-feira a R$ 3,2145 na venda, com alta de 1,44%. “O câmbio influenciado foi pela perspectiva de mais juros nos Estados Unidos neste ano após números robustos sobre o mercado de trabalho na maior economia do mundo”, reportou a Reuters.

 

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