As cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta sexta-feira em queda. As principais posições da commodity exibiam perdas de mais de 5 pontos, por volta das 8h28 (horário de Brasília). O março/18 operava a US$ 9,79 por bushel, enquanto o maio/18 era cotado a US$ 9,90 por bushel.
O mercado dá continuidade ao movimento negativo e caminha para consolidar a terceira queda seguida. De acordo com informações reportadas pelo Agrimoney.com, os investidores ainda avaliam o fraco desempenho das vendas semanais divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira.
Na semana encerrada no dia 25 de janeiro, as vendas de soja dos Estados Unidos somaram 359 mil toneladas da safra 2017/18. O volume representa uma queda de 42% em relação à semana anterior e de 50% em comparação à média das últimas quatro semanas. O mercado apostava em algo entre 700 mil a 1,2 milhão de toneladas.
“Em seu último boletim, o USDA já reduziu sua projeção para as exportações americanas nesta temporada. E os analistas privados já começam a especular sobre a possibilidade de novo ajuste no relatório de fevereiro”, disse Benson Quinn Commodities.
Ainda assim, o especialista reforça que a demanda interna norte-americana, para esmagamento, poderia compensar possíveis cortes nas exportações. Cenário que também poderia acontecer na América do Sul. Os mapas climáticos voltaram a indicar chuvas na Argentina a partir da próxima semana.
Porém, a safra do país já tem perdas consolidadas e, diante desse quadro, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu de 54 milhões para 51 milhões de toneladas a projeção para a produção neste ciclo. Em contrapartida, a INTL FCStone revisou para cima a safra brasileira, para 111,08 milhões de toneladas. “O mercado está analisando se a soja extra do Brasil compensará as perdas na Argentina”, divulgou o Agrimoney.com.