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Soja recua mais de 5 pontos nesta 4ª na CBOT

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Depois das boas altas registradas no início da semana, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta quarta-feira do lado negativo da tabela. As principais posições da commodity recuaram mais de 5 pontos, com o março/18 cotado a US$ 9,94 por bushel e o maio/18 a US$ 10,05 por bushel.

Segundo informações das agências internacionais, o mercado recuou em um típico movimento de correção técnica após as recentes valorizações registradas. Nesta terça-feira, o março/18 rompeu o patamar de US$ 10 por bushel e as posições mais longas atingiram níveis acima de US$ 10,20 por bushel.

“Os comerciantes obtiveram lucros depois de um recente aumento no mercado de grãos e diante de uma previsão climática um pouco melhor para a Argentina, onde a seca já reduziu o potencial de produção para as culturas”, reportou a Reuters internacional.

O clima seco na Argentina continua como um fator de suporte aos preços internacionais. Conforme dados da Climatempo, a semana ainda será marcada pelo tempo aberto e sem previsão de chuvas nas principais regiões de produção no país.

“Entretanto, para o início da semana que vem, são esperadas chuvas mais generalizadas e em bons volumes sobre boa parte das principais áreas produtoras do país. Não serão chuvas volumosas, mas suficientes para elevar os níveis de umidade do solo, garantindo boas condições ao desenvolvimento das lavouras”, informou a Climatempo em nota.

O renomado analista internacional, Michael Cordonnier, reportou que cerca de 98,7% da área de soja já foi cultivada no país e que as lavouras estão entrando em fase de formação de vagens e enchimento de grãos. “A previsão é preocupante, especialmente para a soja mais avançada”, completa.

Em contrapartida, as previsões de chuvas na faixa central do Brasil também seguem no radar dos investidores. A preocupação dos participantes do mercado é com o andamento da colheita da soja no país.

“O mercado também tem uma preocupação secundária sobre o Brasil. Algumas das regiões de soja enfrentam o problema oposto: as chuvas contínuas. A preocupação é que o cenário afetaria o fluxo da soja do país para o mercado”, ainda segundo explica Tobin Gorey.

Mercado interno

A quarta-feira foi de ligeiras movimentações aos preços da soja praticados no mercado doméstico. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em São Gabriel do Oeste (MS), a saca caiu 6,56% e fechou o dia a R$ 57. Em Castro (PR), a saca recuou 0,43% e terminou o dia a R$ 69,70.

Em contrapartida, no Oeste da Bahia, o dia foi de alta, de 2,48%, com a saca a R$ 62. Já em Tangará da Serra, o ganho foi de 0,88%, com a saca a R$ 57. Na região de Pato Branco (PR), a valorização ficou em 0,79%, com a saca a R$ 64. Em Panambi (RS), a saca subiu 0,49% e encerrou o dia a R$ 62,04.

Nos portos, diante da estabilidade do dólar, as cotações acompanharam a queda do mercado internacional. O valor disponível caiu 1,38% no Porto de Paranaguá, com a saca a R$ 71,50. No terminal de Rio Grande, o disponível recuou 0,69%, com a saca a R$ 72.

Nesta quarta-feira, a moeda norte-americana encerrou a sessão estável a R$ 3,1803 na venda. A moeda registrou alta de 0,01%, porém, a queda no mês de janeiro ficou em 4,05%.

“O mercado está mais otimista diante da política local, mas com os agentes econômicos acreditando que será difícil cair mais no curto prazo por conta da reforma da Previdência”, destacou a Reuters.

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