O clima que beneficiou a produção de grãos na temporada atual levou aos agricultores a tomarem mais empréstimos para investir em lavouras na primeira metade do período que iniciou-se em Julho de 2017. De acordo com o Banco Central, as contratações de crédito para investimento chegaram a R$ 20,7 bilhões, o que é 21,7% mais que a safra 2016/17.
A melhoria das propriedades rurais foi o grande destaque dos financiamentos. As linhas para financiamento em armazenagem, por exemplo, dobraram para R$ 416,4 milhões nessa primeira metade da temporada, dobrando o número do período anterior.
A linha que financia a compra de tratores e colheitadeiras, o Moderfrota, repetiram o nível de liberações do ano anterior e ficaram nos R$ 3,8 bilhões. Por outro lado, a indústria de máquinas agrícolas espera que a demanda por essa modalidade de financiamento volte a incrementar-se e melhore nos próximos meses em função de que o Conselho Monetário Nacional aumentou, em Dezembro, o prazo de carência desse tipo de crédito.
“As mudanças [nas regras de acesso ao Moderfrota] já devem começar a surtir efeito positivo na aprovação de novos financiamentos neste primeiro trimestre”, disse Ana Helena de Andrade, a vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), na última sexta-feira na divulgação do balanço de vendas do setor em 2017.
Já os contratos para custeio cresceram cerca de 5% para R$ 53,2 bilhões, mas o ritmo foi menor que nos meses anteriores, quando chegaram a crescer 25%. É normal que isso aconteça nesse período do ano porque o plantio de grãos já se finaliza.
O montante total de crédito rural contratado somou R$ 82,5 bilhões nos primeiros seis meses da safra 2017/18 – o que significa um incremento de 14,2% em relação ao ano anterior. Os bancos públicos são responsáveis por R$ 51,8 bilhões do total dessas liberações e considerando somente essas instituições financeiras houve um crescimento de 30%.
As informações são do portal Agrolink.