A semana começa com os preços da soja trabalhando do lado negativo na Bolsa de Chicago. Por volta de 7h45 (horário de Brasília), os preços da commodity perdiam pouco mais de 3 pontos entre os contratos mais negociados na sessão desta segunda-feira. Com isso, o março/18 já trabalhava abaixo dos US$ 9,70 por bushel.
O mercado internacional, além de seguir acompanhando as condições de clima na América do Sul, se ajusta á espera do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que serão reportados nesta sexta-feira, dia 12. Novos dados da Conab também são esperados pelos traders.
Para analistas internacionais, os números atualizados não deverão trazer espaço para um avanço das cotações da oleaginosa, com perspectivas de um novo aumento entre os estoques globais não só da soja, mas dos grãos de uma forma geral.
Ao mesmo tempo, acreditam ainda que uma nova correção para baixo poderia ser feita entre as exportações norte-americanas. Embora a demanda internacional siga muito aquecida, os compradores têm se focado mais no produto brasileiro, o que acaba pesando sobre os números e refletindo na CBOT.
Ainda assim, segue sobre um cenário de incerteza a produção 2017/18 da América do Sul. No Brasil, as preocupações são pontuais até este momento, enquanto na Argentina preocupam mais diante das previsões de um novo período de tempo mais seco nas regiões produtoras do país.
Assim, se coloca em dúvida ainda o impacto desse quadro sobre a produção de derivados de soja argentinos – já que a nação é a maior produtora e exportadora mundial de farelo e óleo – e o efeito que isso poderia exercer sobre as cotações de ambos.
“Os dois eventos que temos nesta semana – Conab e Suplly e Demand do USDA – deverão ser capazes de influenciar apenas no dia, pois o que relamente irá definir preços e tendências, sem dúvidas, será o comportamento do clima nos próximos 15 dias”, diz Ginaldo Sousa, diretor da Labhoro Corretora.