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Soja: mercado perde força em Chicago

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Na sessão desta terça-feira, a primeira de 2018, os preços da soja retomaram os negócios com ganhos expressivos na Bolsa de Chicago, mas devolveram parte dessas altas e fecharam o pregão com estabilidade. Assim, os futuros da oleaginosa terminaram o dia com variações de menos de 1 ponto entre os principais contratos, mas ainda em campo positivo.

“Os traders estarão, nos próximos dias, ainda preocupados com o clima na América do Sul e os relatórios-chave que o USDA traz no próximo dia 12”, diz a consultoria internacional Allendale Advisory.

No cenário climático, voltam as preocupações sobre a Argentina nos próximos dias. Apesar de boas chuvas nos últimos dias, os níveis de umidade do solo ainda não foram adequadamente recuperados e as previsões atualizadas mostram os próximos dias de tempo e quente e seco no país. E de acordo com informações apuradas pelo jornal argentino La Nación, a seca ainda é um problema em regiões que respondem por 40% da soja e do milho no país.

Os mapas trazidos pela AgResource Mercosul, consultoria internacional, mostram que a partir desta terça-feira as chuvas já deverão ficar mais limitadas na Argentina. Para os próximos 10 dias, são esperados acumulados de apenas 20 mm.

Uma das áreas que mais preocupa nesse momento é a de Buenos Aires, segundo o instituto internacional World Weather Inc. Além disso, a continuidade da seca em partes de Santa Fe também chama atenção, bem como em algumas regiões vizinhas.

No Brasil, também de acordo com informações atualizadas no meio do dia, as chuvas foram reduzidas para o estado do Rio Grande do Sul, com cerca de 20 mm acumulados até o próximo dia 12 e o baixo volume esperado também chamou a atenção dos traders.

No entanto, o diretor da Labhoro Corretora, em entrevista ao Notícias Agrícolas, Ginaldo de Sousa, lembra que “ainda é muito cedo para se falar em perdas na América do Sul nesse momento”. E mostra ainda que, apesar dessas condições, no restante do Brasil há condições favoráveis de precipitações.

Dessa forma, Sousa afirma ainda que está havendo muita irregularidade climática, com os mapas mudando todos os dias, trazendo condições que faz com que o mercado possa oscilar. “as previsões estão mudando dia a dia, o que diminui o grau de confiança e de assertividade nos mapas”, diz.

Números do USDA

Ainda nesta terça, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe os números atualizados dos embarques de grãos, os quais ficaram dentro das expectativas do mercado.

Na semana encerrada em 28 de dezembro, os EUA embarcaram 1.139,436 milhão de toneladas de soja, contra projeções de 1,09 e 1,28 milhão de toneladas. Dessa forma, o acumulado dos embarques já chega a 28.137,221 milhões de toneladas, contra pouco mais de 33 milhões do ano passado, nesse mesmo período.

E na semana que vem, no dia 12, o departamento traz os novos dados de oferta e demanda em seu reporte semanal e já causa especulações entre os traders na CBOT.

Preços no Brasil

No Brasil, os negócios ainda estão sendo retomados e as referências seguem sem muitas oscilações expressivas. Além disso, o dólar despencou frente ao real nesta terça-feira e pesou sobre os poucos indicativos registrados no mercado nacional.

Nos portos, apenas Rio Grande conta com referências. A soja disponível terminou o dia com R$ 72,50 por saca e baixa de 0,96%, enquanto a safra nova foi a R$ 74 e queda de 0,67%.

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