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Assembleia recorre ao Tribunal de Justiça para tentar votar a soltura de Mauro Savi

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A Procuradoria da Assembleia Legislativa entrou com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça para derrubar a decisão que impede o plenário da Assembleia de cassar, por meio de votação, o mandado de prisão contra o deputado estadual Mauro Savi (DEM), preso durante a Operação Bônus, 2ª fase da Operação Bereré. O mandado foi protocolado na sexta-feira e distribuído para o desembargador Juvenal Pereira, que será o relator. O pedido será julgado pelo pleno do tribunal. Ainda não foi informado quando deve ser votado.

A decisão de recorrer ao pleno se deu em razão do ofício encaminhado ontem pelo desembargador José Zuquim à Assembleia, comunicando que já notificou o secretário de Direitos Humanos, Fausto Freitas, para que não liberte o deputado Mauro Savi, mesmo que o plenário vote pela soltura dele.

Além do secretário, o diretor do centro de custódia, José Eliseu, também foi notificado a se abster de soltar o deputado Savi, preso acusado de intermediar o acordo que deu origem ao esquema de fraude, desvio e lavagem de dinheiro na ordem de R$ 27,7 milhões no Departamento de Trânsito (Detran).

O ofício de Zuquim reforçando a prisão de Savi foi o reflexo do parecer da procuradoria do Legislativo, que autorizou os deputados estaduais a cassarem o mandado de prisão, mesmo com o desembargador já tendo determinado o impedimento na última quarta-feira (9).

Na ocasião, o desembargador determinou não só a prisão de Savi, mas que a Assembleia ficasse impedida de expedir resolução que resultasse na revogação da prisão – em razão de os deputados não possuírem as mesmas prerrogativas de deputados federais e senadores.

Em razão do imbróglio causado entre desembargador e Legislativo, a possível votação da revogação da prisão depende da decisão do Pleno. Caso seja autorizada, a sessão para votar a revogação da prisão será presidida pelo deputado estadual Gilmar Fabris (PSD).

Isso porque o presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho, se colocou impedido de conduzir a sessão, uma vez que ele também é um dos investigados na Operação Bônus, por ter sido sócio da empresa Santos Treinamento, usada para o desvio de dinheiro do Detran. Botelho vai depor, nesta 2ª feira, para promotores.

A operação foi executada pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) Criminal. Ao todo foram cumpridos 6 mandados de prisão preventiva e 5 de busca e apreensão em Cuiabá, São Paulo e Brasília.

Além de Mauro Savi, foram presos preventivamente o ex-chefe da Casa Civil, Paulo César Zamar Taques, seu irmão, Pedro Zamar Taques, e os empresários Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos, vulgo “Grilo” e José Kobori.

(Atualizada em 14/5 às 09:02h)

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