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Presidente da Assembleia pede para adiar depoimento ao GAECO sobre desvios no Detran

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O Ministério Público confirmou que foi remarcado, para segunda-feira, o depoimento do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho, na sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), no Centro Político Administrativo, na 2ª fase da Operação Bereré, denominada "Bônus". O depoimento estava previsto para esta manhã, às 10h, e foi alterado a pedido do próprio Botelho.

Conforme Só Notícias já informou, a 2ª fase da operação foi deflagrada na quarta-feira e prendeu o deputado estadual Mauro Savi (DEM), o advogado e ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, o irmão dele Pedro Jorge Zamar Taques e os empresários Roque Anildo Reinheimer e Claudemir Pereira dos Santos, todos suspeitos de envolvimento no esquema de propina de contratos que haviam sido firmados no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran). Mauro Savi foi afastado do mandato parlamentar.

Os presos na operação já prestaram depoimentos. Os primeiros a serem ouvidos foram Savi e Pedro Jorge Zamar Taques, ontem de manhã. No período da tarde, foi a vez de Paulo Taques e Claudemir Pereira dos Santos e José Kobori prestarem depoimentos.

De acordo com a assessoria do Ministério Público Estadual, a operação Bônus é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas com objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos através de empresas que prestaram serviços para a autarquia, uma delas no fornecimento de lacres para placas, desde o governo Silval Barbosa, quando começaram os desvios que passariam de R$ 27 milhões entre 2009 e 2014.

Outros deputados estaduais – como é o caso de Botelho –  foram citados, em delação premiada, por supostamente receberem propina. Alguns prestaram depoimentos recentemente ao MP.

Mauro Savi foi acusado, em delação premiada de um dos envolvidos, de ser um dos que mais recebia propina e também foi apontado por ter feito indicações de aliados para ocupar cargos no Departamento Estadual de Trânsito, dentre eles o ex-presidente Teodoro Lopes, o Doia, que depois de deixar o cargo foi secretário de Finanças na prefeitura de Sinop. Paulo Taques foi citado pelos empresários Roque Anildo Reinheimer e Marcelo da Costa e Silva. O Gazeta Digital informou que eles disseram à Polícia Civil e ao Ministério Público que o escritório de advocacia que tem Paulo como um dos sócios seria o responsável por tratar de assuntos relacionados à empresa em Cuiabá.

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