O governador Pedro Taques (PSDB) revelou a existência de um acordo para, a partir de hoje, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rui Ramos, assumir o comando do Estado em caso de eventual viagem do tucano ao exterior. Com a renúncia do vice-governador, Carlos Fávaro (PSD), o magistrado se tornou o terceiro na linha de sucessão, atrás apenas do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM). No entanto, o parlamentar, que tentará a reeleição, não pode assumir o governo sob pena de se tornar inelegível.
Taques descartou qualquer possibilidade de prejudicar uma eventual candidatura de Botelho e salientou que não faria isso com Fávaro, que pretende disputar uma das vagas ao Senado, dialogando inclusive com o grupo de oposição. “Depois do dia 7, se precisar me substituir, quem me substitui é o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rui Ramos, e isso já está combinado para que não tenhamos nenhum problema. Absolutamente tranquilo e dentro da normalidade”.
Embora acredite que Taques não o prejudicaria, Botelho afirmou que o projeto de lei que acaba com a transmissão automática do cargo de governador em caso de eventual impedimento seguirá tramitando. “Nós temos uma lei tramitando aqui na Assembleia e vou continuar com ela, que fala que o governador tem que apenas comunicar a Assembleia que ele vai sair deixar o país, para dar tempo da pessoa dizer se vai assumir ou não. Eu acho que essa lei não cria problema nenhum, não cria constrangimento e não vejo nada de ilegal”.
Botelho pontuou que não há nenhuma viagem internacional prevista para Taques em breve e que nas próximas semanas a proposta deverá estar pronta para ser votada em Plenário. “O governador não vai viajar nos próximos dias e essa lei pode ser aprovada até semana que vem ou na outra semana, aí vale até o final do período eleitoral”.