O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que a equipe econômica tem trabalhado para conseguir pagar os salários dos servidores ativos e aposentados até o dia 5, em uma progressão de um dia a menos a cada mês. “Nós estamos tentando recuar um dia por vez. Nós estamos trabalhando para que isso ocorra”, disse em entrevista à Radio Capital FM, hoje.
De acordo com o tucano, atingir essa meta depende do fluxo de caixa do Estado, ou seja, da arrecadação de cada mês. “Mas nosso trabalho é para que possamos chegar neste ponto”. Por conta disso, Taques preferiu não estabelecer um prazo para o cumprimento da promessa. “Não tenho esta previsão. Até o dia 10 o salário vai ser pago”, disse.
Na entrevista, Taques foi questionado por um ouvinte, que é aposentado do Estado, sobre quando os salários voltarão a ser pagos no último dia do mês trabalhado, como ocorria nos dois governos anteriores. Neste ponto, o governador argumentou que está amparado pela legislação ao pagar os salários até o 10º dia do mês subsequente. “Desde 1989, na Constituição do Estado de Mato Grosso, que é de 89, o salário é pago até o dia 10. No governo Maggi, que nós estamos vivendo um momento histórico de bonança, isso passou para o dia 30, dentro do mês. Isso é fato. A Constituição fala até o dia 10”, argumentou.
Pedro Taques ainda destacou o impacto da crise financeira no calendário de pagamento da folha. “Em razão da crise, há muito tempo, ou seja, há 100 anos, o Brasil não tem 14 milhões de desempregados. Hoje nós temos 14 milhões de desempregados e isso demonstra a maior crise que nós já passamos”, afirmou, justificando a dificuldade em retomar o patamar de pagamentos aos servidores.
O argumento de baixa arrecadação foi utilizado pelo governo no último trimestre de 2017 para escalonar os salários dos servidores, pagando primeiro quem recebia até R$ 5 mil e por último os que recebiam os maiores salários. Neste ano, o pagamento passou a ocorrer no dia 10. Os aposentados recebem um dia antes.