O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) deixou, ontem à noite, a liderança do governo Taques, na Assembleia Legislativa e afirmou, há pouco, em entrevista, ao Só Notícias, que o Democratas está focado em conquistar mais espaço na eleição de outubro. “Entreguei minha carta ao governador, ontem à noite, em um encontro que tivemos no Palácio Paiaguás. Em agosto de 2016 assumi a liderança no momento de maior turbulência do governo, em meio a crise financeira, greve, questionamento de RGA e tentei fazer o melhor para ajudar, fui conciliador na Assembleia Legislativa, e tivemos várias conquistas. Só que esse é um ano diferente, temos uma eleição. Até o dia 5 de abril tenho que me dedicar as candidaturas dos deputados estaduais, federais, senadores, governador. Depois tenho que cuidar para trazer mais prefeitos que querem vir para o DEM, fazer um trabalho no Estado inteiro, e isso me toma um tempo muito grande. Não tem como ficar só dedicado ao governo. Além disso, o partido decidiu destituir todos os diretórios, tem que criar todas as provisórias novamente”, explicou o deputado.
“O partido está se reestruturando. Nós estamos procurando o nosso espaço. O DEM está base do governo, mas vão vir as convenções e o partido vai ver qual rumo vai tomar. Hoje não temos nenhuma secretaria no governo do Estado. Não queremos ser coadjuvantes. O partido já definiu que quer um espaço seja no governo ou no senado. Não vamos só ficar entregando santinho. Pode até ter uma chapa pura, mas nós estamos procurando crescer o partido no Estado. Estamos trabalhando para não ficar só dependendo dos outros”.
Dilmar confirmou também a filiação do ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes e poderá disputar o governo pelo DEM. “O Mauro Mendes já deu a palavra dele, conversou coma gente e vai ficar do Democratas. Nós vamos realizar um evento, provavelmente ainda este mês, na capital para fazer a filiação dele e dos demais candidatos do partido”.
O deputado voltou a afirmar que, mesmo com a vinda de Mendes, não está confirmado que ele vá ser lançado a governo ou Senado. “Não tem definição, estamos trabalhando para crescer, depois vamos definir se vai ter candidatura a governador ou senador. Mas o que não aceitamos e ficar fora do processo político de discussão”, finalizou.
Com a saída de Dilmar, o vice-líder Leonardo Albuquerque (Solidariedade) assume a função interinamente e deve ser substituído por Wilson Santos (PSDB) ou Max Russi (PSB), que deixam as secretaria de Cidades e da Casa Civil, respectivamente, para concorrer à reeleição de deputado estadual.