O Laboratório de Obras do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso estará concluído até o final de março. As instalações elétricas e de Tecnologia da Informação já estão prontas e 60% dos equipamentos já foram adquridos. No laboratório serão feitos ensaios específicos, autônomos e técnicos para determinar a qualidade da pavimentação asfáltica de vias urbanas e das rodovias mato-grossenses.
Construído em anexo ao Edifício Marechal Rondon, onde estão instalados os gabinetes dos conselheiros, o plenário e as secretarias de controle externo da Corte de Contas e ao lado da Escola Superior de Contas, o láboratório tem 350 metros quadrados e integrará o complexo de prédios da sede do TCE.
Composto por três repartições distribuidas em três pisos, o laboratório poderá executar até 14 tipos de ensaios laboratoriais diferentes para aferição de qualidade, integridade e densidade, além de prova de conformidade nas obras de pavimentação asfaltica a partir de dados ofertados ou decupados em experimentos próprios com amostras colhidas em campo.
Todo o empreendimento, incluindo a ampliação da estrutura já existente no TCE representa um investimento de R$ 848 mil. Para a aquisição de equipamentos como extrator de betume tipo ROTAREX elétrico, aparelho umidímetro speedy e forno para a extração de betume National Centre for Asphalt Technology (NCAT), serão empregados mais R$ 300 mil.
A implantação do laboratório atenderá as demandas do órgão fiscalizador. Segundo a secretária Naise Godoy Silva Freire, da Secretaria de Apoio à Unidade Gestora (SAUG) e Coordenadora do Projeto 4 do PDI/TCE, por meio de parcerias, no entanto, a estrutura tecnica operacional da unidade poderá atender à municípios jurisdicionados. Nestes casos, os municípios deverão se responsabilizar pelos laudos e pareceres gerados a partir dos testes e ensaios que forem realizados.
O Laboratório de Obras do TCE-MT terá duplo impacto. O primeiro será a natural elevação da qualidade do material e das obras de engenharia por parte das empresas contratadas pelo Poder Público, que passarão a ter maior preocupação em entregar os serviços conforme as condições espeficicadas nos projetos básicos e de execução e nos contratos. O segundo é de ordem econômico-financeira. Conforme Emerson Augusto, a diferença de apenas um centímetro na espessura do pavimento que está no projeto e o que foi executado, pode impactar tanto na qualidade do asfalto, quanto na quantidade de recursos públicos gastos em determinada obra.
O laboratório permitirá que as auditorias de conformidade a serem realizadas pelo TCE-MT em obras dessa natureza identifiquem eventuais desconformidade e falhas de qualidade antes do serviço ser concluído e entregue pelas construtoras. Com isso, as obras poderão ser suspensas, as empresas multadas e obrigadas a corrigir previamente os serviços, evitando assim, prejuízos aos cofres públicos com aditivos e ou mesmo contratações de empresas para obras de reparos antecipados, informa a assessoria.