O ex-senador Jayme Campos, principal líder dos Democratas em Mato Grosso, afirmou, ontem, que o partido não definiu ainda se apoiará a candidatura à reeleição do governador Pedro Taques (PSDB) e criticou a composição manifestada, no final de semana, pelos tucanos, classificando que o processo eleitoral está sendo atropelado.Jayme almoçou com Taques e a cúpula tucana, e confirmou que governador vai à reeleição. "Naquele almoço foi dito que Taques gostaria de ter imensamente o Carlos Favaro (PSD) como candidato a vice-governador (repetindo a composição do pleito passado)" e "uma das vagas seria e cabe a Nilson Leitão ao Senado e outra vaga para ser discutida. Mas, neste momento, é chover no molhado. É conversa de bêbado para delegado e de delegado para bêbado ! É muito precoce, tem água para correr embaixo da ponte e não é pouca", criticou. Ele garante que deixa o cargo de secretário na prefeitura de Várzea Grande, no final de março, e 'está pronto para a guerra', podendo disputar o governo ou o Senado.
"O jogo está totalmente aberto. Pode vir (para disputar o governo) Blairo (Maggi), pode Mauro (Mendes) pode vir Jayme, pode vir o Papa Francisco desde que seu habilita. É muito cedo. Caso contrário é atropelar o processo", acrescentou, expondo que o DEM deve filiar, nos próximos dias, os deputados Fabio Garcia, Adilton Sachetti e Eduardo Botelho além do ex-prefeito da capital Mauro Mendes (que estão saindo do PSB) e que estes nomes devem ser considerados na composição da futura coligação. Blairo Maggi, ministro da Agricultura, e principal líder do PP, manifestou que pretende disputar a reeleição ao Senado.
O ex-senador considera que o momento atual da articulação na base governista é "embrionário" e foi áspero ao responder se ele poderia compor a chapa majoritária ficando com uma das vagas de candidato ao Senado e a outra com Leitão. "Eu não faço política assim. A eleição de senador você tem que construir, primeiro partindo da sociedade civil organizada se ela aceita uma candidatura, seja minha ou de qualquer um. Segundo se é possível construir um projeto com possíveis aliados. Eu vou me desincompatilizar dia 30 de março, vou disponibilizar meu nome para o Democratas e se o partido entender lançar meu nome, menos na proporcional (deputado federal-estadual), estarei a disposição".
Jayme Campos disse que não tem acordo com Leitão de um apoiar o outro e sair candidato o que estiver melhor posicionado na pesquisa eleitoral. "Eu disse para ele que se estivesse viabilizada sua eleição tem minha simpatia, mas do cidadão Jayme Campos. O Democratas é uma instituição partidária, tem que ver o encaminhamento político do partido. Temos que discutir um novo projeto político para 2018 porque nós apoiamos Pedro Taques até aqui. Caso contrário, são decisões tomadas de forma intempestiva. Vamos ter que aguardar e discutir", concluiu.