A auxiliar de serviços gerais Vania Cristina disse, em entrevista, ao Só Notícias, que, até agora, não houve conclusão dos testes balísticos da pistola .40, de propriedade de um soldado da Polícia Militar, de 24 anos, que foi apreendida após o filho dela, Alexandre Fernando da Silva, de 27 anos, ser atingindo pelos disparos da arma e morrer, em um pesqueiro em Vera (90 quilômetros de Sinop), no dia 15 de março.
O jovem chegou a ser encaminhado, ao Pronto Atendimento, mas não resistiu aos ferimentos. “Já se passaram mais de dois meses e ainda não tivemos resposta de nada das investigações. O teste balístico que era para ser concluído em 15 dias, até agora, não confirmaram o resultado. Queremos saber a verdade”, disse.
Cristina disse não acreditar que Alexandre foi morto acidentalmente. “Meu filho estava trabalhando na loja dele e houve uma insistência do policial para convencê-lo aceitar ir junto nesta tal pescaria. Quando foi, por volta das 4h da manhã, recebi a notícia que meu filho estava morto. É um sentimento de revolta porque até agora não tivemos nenhuma resposta. Por isso, não acredito que ele tenha morrido acidentalmente. Tenho convicção que armaram para matá-lo. Morto não fala. Eles levaram meu filho longe para fazer o que fizeram”, acusou.
Conforme Só Notícias já informou, a versão apontada no boletim de ocorrência e investigada pela Polícia Civil é que o militar estava com outras duas pessoas e Alexandre teria tentado retirar a arma da cintura dele em forma de brincadeira. Com isso, houve disparo acidental e acertou a região do tórax. As duas testemunhas e o soldado socorreram a vítima até a unidade médica, mas ele não resistiu.
De acordo com o comandante da PM de Sorriso, major Jorge Almeida, o soldado deixou de fazer as atividades nas ruas e está no serviço operacional. Além disso, foi aberta sindicância com prazo de 30 dias para ser concluída. A arma foi apreendida e o delegado de Polícia Civil, Flávio Souza Braga, pediu que a Diretoria Metropolitana de Criminalística em Cuiabá, realize exame pericial.
O Instituto Médico Legal (IML) de Sinop confirmou que concluiu o laudo apontando em que local o corpo Alexandre foi atingido pelo disparo da pistola. Porém, os dados são sigilosos e foram encaminhados ao delegado Flávio Souza Braga, que é responsável pelas investigações.