A Corregedoria Geral da Polícia Militar abriu Inquérito Policial Militar para apurar as acusações feitas pelo apresentador da TV Record Alta Floresta, Oliveira Dias, contra o comandante interino do 8º batalhão da PM, major Costa Castro, de invadir o estúdio do programa que apresentava, ao vivo e, supostamente, fazer ameaças. O tenente-coronel Óttoni Cézar Castro Soares, de Sinop, informou ao Só Notícias, que esteve no município acompanhando os trabalhos que tem prazo de 40 dias, com prorrogação de mais 20, para elaborar o relatório. Havendo indícios de desvio de conduta o documento será encaminhado à Justiça Militar e um novo procedimento será feito.
“Eu estava na apresentação do programa, a secretária abriu a porta do estúdio já acompanhada do comandante. Nos bastidores, ele se desestabilizou bastante e queria participar ao vivo. Queria exercer um direito de resposta sobre uma ocorrência que ocorreu envolvendo a equipe de reportagem. Não permiti porque ele não teve o nome citado, não tínhamos falado sobre o tema nem iríamos abordar. Não falamos nada sobre ocorrido. Porém, já tínhamos uma reunião agendada para resolver o problema internamente. Houve um princípio de discussão e só após o término do programa é que tivemos conhecimento da agressão com a funcionária. Ele pegou no braço dela e a empurrou para invadir o estúdio. Outras pessoas que estavam na emissora também presenciaram esse fato. De imediato, acionamos a assessoria jurídica da emissora e vamos ingressar com uma representação”, disse, anteriormente, Oliveira.
Outro lado
O comandante Costa Castro negou as agressões e a invasão na empresa. “Não é de hoje que ocorre essas transgressões com a polícia por parte desse repórter. Sempre colaboramos com a imprensa local. Essa não é a primeira vez que ele aparece no local da ocorrência. Sei que é um direito da imprensa, mas isso atrapalhar e as vezes não conseguimos chegar no resultado que precisamos. Nesta ocasião havia buscas por uma arma de fogo a ser apreendida. O tenente pediu para desligar o equipamento que no quartel passaria todas as informações necessárias. Porém, ele disse que não iria desligar nada e mandou o cinegrafista continuar filmando. O tenente encerrou a ocorrência, não recuperou a arma. No quartel, os presos resolveram registrar um boletim contra o repórter por danos morais e os policiais foram testemunhas. Ainda tentei ligar para ele resolver a situação, mas ele não me atendeu”,
O comandante apontou que foi até a emissora para conversar com o apresentador. “Cheguei no local e fui impedido de entrar. A secretária disse que ele estava ao vivo, mesmo assim entrei e fiquei acompanhado a exibição de uma matéria. Ele terminou a matéria, não interferi no programa e tive a mesma conversa que tivemos por aplicativo. Expliquei que as pessoas que estão sendo filmadas tem os direitos delas. Toda vez que ocorre a interferência, todos saem perdendo. Deixamos de prender um criminoso em flagrante. Agora, ele prefere estar no local atrapalhando a ação policial. Não houve qualquer tipo de invasão da emissora e não ocorreu agressão. Tirei ela da minha frente para poder passar. Além disso, não influenciei no programa”, rebateu.