A Polícia Judiciária Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), deflagrou está manhã a operação Sangue Inocente para cumprir mandados de prisão contra os responsáveis pela tentativa de resgate de um reeducando na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Morada do Ouro.
O caso aconteceu na terça-feira de carnaval, no dia 13 de fevereiro. Na ocasião, cinco pessoas ficaram feridas, entre elas um bebê de seis meses, após criminosos armados trocarem tiros com policiais que faziam a escolta de um preso que havia sido levado para receber atendimento médico.
As investigações identificaram oito envolvidos no crime, sendo um deles menor de idade, que dirigiu um dos veículos utilizados na fuga.
Ao todo foram sete mandados de prisão temporária expedidos pela 12° Vara Criminal da Capital. A DHPP cumpriu seis mandados, hoje. Um suspeito continua foragido.
O autor dos disparos que alvejaram as vítimas já havia sido identificado e preso pela polícia no dia 19 de fevereiro com armas, munições e um dos veículos usados na ação criminosa. Na ocasião, também foi preso um casal.
Cinco acusados, incluindo o preso que seria resgatado tiveram o mandado de prisão cumprido na Penitenciária Central. Outro mandado foi cumprido na cadeia em Água Boa. Segundo a polícia, apesar de estar preso na época dos fatos, as investigações apontaram que homem, em conjunto com reeducando em Cuiabá, planejaram por meses a ação de resgate.
O delegado Marcelo Fernandes Jardim explicou que foram necessárias duas fases da operação para apurar com rigor o crime. “O caso é complexo, os criminosos planejaram os atos em detalhes, além disso são vários os autores o que aumenta os esforços investigativos para individualizar as condutas”, destacou.
A segunda fase da operação Sangue Inocente deverá ser concluída em breve com a finalização dos trabalhos de perícia, além da realização de diligências pendentes e outras prisões.
Para o secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia, a operação está em sintonia com as ações de enfrentamento constante que vem sendo desenvolvidas em todo o Estado de Mato Grosso.
Os presos vão responder por tentativa de fuga de pessoa presa, qualificada pelo concurso de pessoas e emprego de arma de fogo, somadas às penas correspondentes às violências praticadas contra as pessoas que estavam na UPA (cinco tentativas de homicídio) e por integrarem organização criminosa.
Durante as investigações, a DHPP contou com apoio da Diretoria de Inteligência da PJC, Delegacia de Nova Mutum, Delegacia Regional de Água Boa, Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva) e Inteligência da Polícia Militar.