A advogada Aparecida Chiodi cobrou, em entrevista, ao Só Notícias, mais celeridade nas investigações por parte da Polícia Civil. Ela é irmã do agricultor Elizeu Chiodi, de 40 anos, que está desaprecido há 30 dias. A jurista acredita que o irmão tenha sido morto, já que uma testemunha confirmou evidências e apontou um suspeito. “Uma pessoa que mora em Feliz Natal e que é amigo da nossa família contou à polícia, em Sinop, tudo que ele sabia sobre o caso. Ele relatou que o pai do suspeito chegou na fazenda e mandou lavar a carroceria da caminhonete dizendo que o filho havia feito bobagem. Não tem mais o que a polícia esperar. Está parecendo que falta vontade de descobrir o que realmente ocorreu com o meu irmão”.
Ainda de acordo com a advogada, a família está se sentindo abandonado pela justiça. “Queremos saber onde é que ele foi colocado. É uma mistura de sentimento. Dor, saudade, impotência e revolta ao mesmo tempo. É um período muito grande de inércia. Já se passaram 30 dias e ninguém foi preso. Existem provas concretas que levam até o suspeito e não fazem nada. Sentimos que estamos abandonados pela justiça”, declarou.
Elizeu Chiodi é morador de Vera e o último contato com a família ocorreu no dia 10 de março. Ele saiu em uma Fiat Strada banca para trabalhar em uma fazenda em Feliz Natal. O veículo também não foi encontrado. A família conseguiu identificar através da operadora de telefonia que a última ligação do agricultor foi com um homem que devia para ele. “Essa pessoa tinha uma dívida. Por diversas vezes já haviam se desentendido, mas combinaram de abater o valor colhendo, já que o suspeito é dono de colheitadeiras. O que nos revolta é que esse homem não foi ouvido pela polícia. Depois do desparecimento dificilmente ele é visto na cidade”, disse Aparecida, anteriormente.
Outro lado
Um investigador da Polícia Civil informou que o desaparecimento é complexo e as investigações estão sendo feitas dentro da normalidade. Além disso, existem poucas informações concretas sobre o caso que é sigiloso.