Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) escoltaram caminhões carregados de milho, ração e combustível para passar por pontos bloqueados por manifestantes que protestam contra os aumentos dos preços do diesel em Mato Grosso. Esta tarde, uma carga de ração que seguia para Campo Verde foi escoltada pela BR-070. Ontem, sete carretas carregadas com milho foram escoltadas por uma viatura da PRF por cerca de 15 km na BR-163, em Diamantino. A carga tinha como destino criadouros de aves e suínos. Já na BR-364, em Cuiabá, os policiais deram apoio a caminhões com combustível para aviação que precisavam seguir até o aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
De acordo com a assessoria, a PRF busca garantir o direito de ir e vir do cidadão e por isso tem determinando a retirada dos veículos da pista, o que tem acontecido de modo pacífico em diversos pontos de concentração dos caminhoneiros. Além disso, as escoltas serão realizadas principalmente para os veículos com cargas de insumos para tratamento de água, remédios, produtos perecíveis, ração animal e combustíveis.
Conforme Só Notícias já informou, desde o início dos bloqueios, na segunda-feira, veículos de passeio, ônibus, motocicletas e carretas e caminhões com cargas perecíveis e vivas tem o tráfego liberado nos pontos de concentração dos manifestantes.
Até às 18h, segundo a PRF, 26 trechos de rodovias federais estavam bloqueados em Mato Grosso. São eles: Sinop (km 821 região do Alto do Glória, Sorriso (km 746 e 750), Guarantã do Norte (km 1065), Luca do Rio Verde (BR-163 km 691 e BR-070 km 686), Nova Mutum (km 593), Ponte e Lacerda (km 288), Campos de Júlio (km 1191), Sapezal (km 1120), Comodoro (km 488), Barra do Garças (km 5 e 8), Água Boa (km 564), Campo Novo do Parecis (km 878), Confresa (km 130), Cuiabá (km 504 e 398), Rondonópolis (km 200 e 119), Diamantino (km 613), Primavera do Leste (km 276 e 282), Jaciara (BR-364 km 269), Cáceres (BR-070 km 735) e Campo Verde (km 376 e 383).
O governo federal entrou no terceiro dia de negociação com os caminhoneiros para o fim do protesto, mas não chegaram a um acordo. Ontem, a Petrobras anunciou a redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 15 dias. Os caminhoneiros querem que baixe mais e 'congelamento' de seis meses.