A manifestação dos caminhoneiros contra o reajuste de até 15,9% no preço do óleo diesel está ocorrendo em dois pontos da rodovia federal. De acordo com a assessoria da concessionária que administra a via, a primeira interdição começou pela manhã está sendo mantida no quilometro 396, no Distrito Industrial, em Cuiabá. Em outro trecho iniciou por volta das 11h, no Trevo do Lagarto, no quilômetro 435, em Várzea Grande, e terminou às 14h30. Ao menos 400 pessoas participam dos protestos.
Veículos de passeios ambulâncias, ônibus e caminhões com cargas vivas e perecíveis estão passando. Alguns carreteiros e caminhoneiros estão 'desviando' pela via lateral da rodovia. O protesto também é feito em 17 Estados.
Os caminhoneiros autônomos querem a redução da carga tributária sobre o diesel, zeragem da alíquota de PIS/Pasep, Cofins e a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). De acordo com a assessoria, os impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. A carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.
O aumento no diesel é resultado da nova política de preços da Petrobrás, que repassa para os combustíveis a variação da cotação do petróleo no mercado internacional para cima ou para baixo. Nos últimos meses, porém, o petróleo tem apresentado forte alta – ontem, chegou a bater na casa dos US$ 80 o barril, valor que não registrava desde novembro de 2014