O acusado de matar a ex-namorada Gislaine Garcia de Oliveira, 15 anos, e o filho dela de apenas seis meses, vai a júri popular na próxima sexta-feira (27), em Sorriso. O crime ocorreu em maio de 2014, em uma mata às margens da estrada vicinal que dá acesso ao rio Teles Pires.
O réu responderá, perante aos jurados, por homicídio qualificado, com três qualificadoras (motivo torpe, emprego de asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima), por duas vezes, em concurso material. Também será julgado por ocultação de cadáveres por duas vezes, em concurso material, e corrupção de menores. O jovem de 21 anos segue preso no Centro de Ressocialização de Sorriso.
Além dele, um rapaz de 20 anos irá a julgamento por envolvimento no crime. Ele, no entanto, responderá apenas pela acusação de ocultação dos cadáveres das vítimas. O jovem chegou a ficar preso, mas, conforme Só Notícias já informou, foi colocado em liberdade pela juíza Emanuelle Chiaradia, em dezembro de 2015.
O ex-namorado de Gislaine é o principal suspeito de ser o mentor dos assassinatos. Ele seria, possivelmente, pai do menino de seis meses assassinado. Um adolescente ainda teria envolvimento nos crimes. Os restos mortais de Gislaine e do bebê foram encontrados, no dia 19 de agosto de 2015, em uma região de mata nas proximidades do bairro União.
A mãe dela compareceu na delegacia e apresentou fotos da filha e do neto, além de um boletim de ocorrência registrado em 2014 sobre o desaparecimento de ambos. Ela teria apresentado ainda uma lista de ligações feitas pela filha que acabaram levantando suspeitas. Uma destas ligações era para o ex-namorado da jovem.
A mãe, conforme a polícia, estranhava o relacionamento da filha com o jovem de 21 anos, visto que ele nem chegou a registrar a criança. Uma testemunha ainda relatou aos policiais que o suposto mentor confessou que armou toda a trama para “dar um fim” na jovem e no bebê, que seria seu filho, pois não queria ser pai naquela idade.
Segundo a versão dos demais envolvidos, o rapaz disse para as vítimas irem até o local, onde teria estrangulado primeiramente a criança, depois a jovem. Em seguida, os acusados enterraram ambos.