Será submetido a júri popular, hoje, o principal suspeito de esfaquear a ex-companheira Jessyca Mombelli Santos e o colega de trabalho dela Antônio Fábio Soares Bispo. O crime ocorreu no dia 8 de abril de 2014, na rua das Violetas, no Jardim das Violetas. Ambas as vítimas foram atingidas por golpes de faca.
Jessyca relatou que não convivia com o suspeito, há mais de um ano, antes do crime. Ameaçada, ela justificou que fugiu para o Pará, “no entanto o acusado descobriu seu endereço e foi atrás”. Em sua versão, a vítima ainda contou que decidiu voltar para Sinop, após saber que o réu havia ido embora para o Paraná.
Ela contou ainda que estava em casa, dormindo, quando ouviu a porta ser arrombada. Segundo sua versão, o acusado entrou com a faca em punho e a feriu na barriga. Em seguida, um rapaz que trabalhava na lanchonete da qual ela era sócia, e que morava no mesmo terreno, e que também acabou sendo atingido. Após ser preso, o réu ainda teria ameaçado Jessyca. No mesmo dia, conforme este relato, sumiram da casa da vítima uma pulseira e um anel, além de dinheiro.
Ao ser interrogado, o réu confirmou que mantinha um relacionamento com a vítima. Segundo ele, naquele dia, Jessyca ainda não havia aparecido em sua casa e, por tal razão, decidiu ir até a lanchonete onde ela trabalhava. No local, ele se dirigiu até a janela de seu quarto, “onde pensou ter ouvido os gemidos de Jessyca com outro homem, levando-o a crer que a vítima estaria mantendo relações sexuais com outra pessoa”.
Segundo o suspeito, “tomado pelo ciúme arrombou a porta da casa da vítima, tendo iniciado uma discussão”. Ele relatou que “não sabe precisar em que momento pegou a faca e feriu Antônio Fábio. No entanto, negou que tenha “atentado contra a vida de Jéssyca” e garantiu que “apenas discutiram verbalmente, sendo que o máximo que poderia ter feito, foi empurrá-la contra a parede”. Ele também afirmou que não furtou os objetos e o dinheiro da vítima.
Apesar da versão dele, a juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, pronunciou o suspeito por tentativa de homicídio, tentativa de feminicídio, ameaça e furto. O réu foi preso logo após o crime, porém, a magistrada, em janeiro deste ano, deu a ele o direito de cumprir prisão domiciliar, em razão de grave estado de saúde.
A sessão de julgamento está prevista para começar às 8h30.