As defesas de alguns dos condenados pelo latrocínio do empresário Paulo Yugi Terao entraram com recursos no Tribunal de Justiça pedindo absolvição. A quadrilha apontada como responsável pela morte da vítima foi condenada em maio do ano passado, pela juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim. Paulo teve a caminhonete roubada e foi morto, em seguida. O crime ocorreu em junho de 2015.
O advogado de Jeferson Lana, condenado a 23 anos e 6 meses de reclusão, alegou que “anemia probatória” quanto a participação do cliente no crime. Já a defesa de Douglas Fernando Pereira Mairesse, sentenciado a 27 anos de reclusão, garante que ele não participou do latrocínio. A argumentação é baseada no depoimento de Ericky Fernandes Luiz Silva, outro envolvido, que teria confirmado que Douglas não se envolveu no crime. Segundo o advogado, “a sentença se contradiz, ora apontando o apelante como executor do fato, ora como mandante”.
A defensoria pública também ingressou com recursos. Segundo a tese defensiva, Valdomiro Antônio Krasucki, condenado a 29 anos de prisão, não participou do latrocínio. A argumentação também tem por base o depoimento de Erick. O defensor também pediu a absolvição de Altemir Tavares da Silva, sentenciado a 20 anos de cadeia, e afirmou que “os depoimentos dos policiais ouvidos estão eivados de parcialidade e suspeição, na medida em que o intento é de ratificar a atuação que culminou com as condenações de ambos os apelantes”.
Já a defesa de Ericky pediu a desclassificação do crime de latrocínio para o de roubo majorado pelo concurso de agentes e emprego de arma. A justificativa é que “as causas da morte da vítima não se relacionam com a ação delitiva perpetrada pelo apelante, visto que fora ela mesma quem se atirou para fora do veículo em movimento e não porque fora arremessada”.
Os recursos estão pendentes de julgamento na Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. O relator do processo é o desembargador Juvenal Pereira da Silva.
Conforme Só Notícias já informou, o crime brutal ocorreu quando o empresário foi dominado ao chegar em sua residência, no bairro Setor Industrial. Um dos envolvidos assumiu a direção e levou Terão junto. O corpo de Paulinho, como era popularmente conhecido, foi encontrado às margens da BR-163, nas proximidades do posto da PRF em Sorriso. Ele apresentava um afundamento de crânio. A caminhonete tinha rastreador e acabou sendo abandonada em Lucas do Rio Verde.