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Pai diz que transferência para UTI poderia ter salvado a vida da filha recém-nascida em Sinop

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O cabeleireiro Raimundo Nonato Barbosa da Silva disse, em entrevista, ao Só Notícias, que a transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva – UTI pediátrica – poderia ter salvado a vida da sua filha de dois meses, que foi levada pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Regional, após ter escorregado e ficado pendurada pelo pescoço no carrinho de bebê, recebeu os atendimentos médicos, mas acabou não resistindo e falecendo no último domingo.

“Estamos muito abalados com o que ocorreu. A falta de uma UTI contribuiu no falecimento da minha filha. Segundo os médicos, ela estava com batimento e pulsação normal, mas como faltava oxigenação no cérebro precisava dessa internação. Estava respirando com ajuda de aparelhos e ficou esperando desde às 10h até 16h por uma transferência para UTI. Neste período, segundo os médicos teve duas paradas cardíacas e uma respiratória. Resistiu a essas três, mas na quarta acabou falecendo”, declarou o pai.

O acidente ocorreu na rua João de Barros, no bairro Jardim das Nações 3. A mãe da bebê de dois meses foi quem ligou na central de operações do Corpo de Bombeiros pedindo socorro. Enquanto o resgate seguia para o local, o cabo Edivaldo Lobo, orientou a mulher, com noções de primeiros socorros pelo telefone.

"Iniciamos os procedimentos de reanimação e conseguimos estabilizá-la. Depois, conduzimos até o Hospital Regional, mas em estado grave, por se tratar de um recém-nascido. Quando o pegamos, estava roxo e praticamente sem respirar", relatou, ao Só Notícias, o sargento do Corpo de Bombeiros, Edivan Borges.

Outro lado
A diretoria do Hospital Regional informou que a criança deu entrada no Pronto Socorro, às 10h30, em parada cardiorrespiratória por asfixia. Foram realizadas manobras de reanimação cardíaca por 20 minutos, medicação conforme prescrição médica e às 10h50 a criança retornou os sinais vitais.  A criança se manteve sob ventilação mecânica, cuidados e suportes intensivos em monitorização contínua e nesse intermédio foi acompanhada pela equipe de fisioterapia, enfermagem e médica de plantão.

Devido ao quadro clínico grave, a criança evoluiu às 16h30 para nova parada cardiorrespiratória, onde novamente recebeu reanimação por mais 20 minutos, mas sem êxito, constatando assim o óbito às 16h50.

“É importante salientar que hospital não possui UTI pediátrica e a equipe multidisciplinar fez o possível utilizando leito de UTI, com a contribuição da Unidade de Pronto Atendimento do município, na tentativa de oferecer o melhor suporte possível para o atendimento à criança”. A diretoria da unidade lamenta profundamente pela perda de um bebê de forma tão súbita e se solidariza com o sofrimento da família.

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