Os desembargadores da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça não acataram o pedido de habeas corpus feito pela defesa da principal acusada de matar, a tiros, o policial militar Moshe Dayan Simão Kaveski, 28 anos, no Distrito de União do Norte, em Peixoto de Azevedo (197 quilômetros de Sinop). O crime ocorreu no dia 4 de dezembro. A suspeita tem 28 anos e era casada com a vítima.
Para os magistrados, “a negativa de autoria demandaria a incursão no conjunto fático-probatório, inadmissível na via eleita, dada a natureza do ‘mandamus’, o qual, como é sabido, não admite exame aprofundado de provas ou valoração dos elementos de convicção coligidos nos autos, análise essa reservada à via ordinária da ação penal”.
Os desembargadores ainda negaram o pedido de soltura da acusada. “Não há falar em constrangimento ilegal quando a segregação cautelar está devidamente fundamentada, havendo a necessidade de se resguardar a ordem pública em razão da aparente periculosidade da paciente, caracterizada pelo modus operandi, decorrente da gravidade concreta do delito”.
Ainda em dezembro, conforme Só Notícias já informou, o desembargador Pedro Sakamoto havia negado o pedido liminar para soltura da suspeita. Ela segue presa em uma unidade feminina em Colíder (157 quilômetros de Sinop) e responde por homicídio qualificado, supostamente cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
O policial foi atingido por disparos de arma de fogo na cabeça e tórax. Em sua versão inicial, a mulher contou para a polícia que ambos tinham sido abordados por uma pessoa “baixa, gorda e vestindo roupas escuras”. Depois, afirmou que eram duas pessoas e que estas teriam roubado os aparelhos celulares dela e do marido. No entanto, o aparelho foi encontrado próximo ao muro da residência.
O corpo Moshe foi sepultado em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, onde os familiares residem.