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Trabalhadores dos Correios podem entrar em greve em Mato Grosso

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Os funcionários das Empresas de Correios e Telégrafos em Mato Grosso podem paralisar as atividades por tempo indeterminado. Nesta quinta-feira (1), serão realizadas assembleias gerais extraordinárias, em Alta Floresta, Cuiabá, Cáceres, Rondonópolis e Sinop, para decidir sobre a aprovação de estado de greve no Estado. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais (Sintect), em Mato Grosso, Edmar Leite, a direção nacional da empresa pretende mudar o plano de saúde da categoria. “Ela (direção) entrou com dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para impor mensalidade e ainda retirar os pais dos trabalhadores dos planos de saúde”, afirmou, ao Só Notícias.

Atualmente, os funcionários dos Correios pagam um percentual por uso do plano. Segundo Edmar, a ideia da empresa é impor uma mensalidade fixa. “Muitos trabalhadores não darão conta de pagar, pois muitos atuam com salários baixos. Muitos funcionários aceitaram estes salários pelos benefícios, sendo que o plano é o principal. A empresa está antecipando o ataque. Isso pode resultar em uma greve nacional”, explicou.

Outro item na pauta da categoria e que será votado durante as assembleias é a demissão de Edmar Leite da empresa estatal. O comunicado foi feito na última quinta-feira (22). Ele alega que a medida é perseguição política e afirma que a decisão pode resultar em uma paralisação ainda anterior ao movimento nacional. “A empresa está tentando acabar com o sindicato. Nosso diretor jurídico foi demitido por perseguição e tem mais dois diretores na mira. Querem barrar a luta sindical”, disse, adiantando que pretender reverter a medida na Justiça.

“Estamos tomando todas as medidas jurídicas. Além disso, a categoria não vai aceitar perseguições, pois sabe que não fez nada de errado. Vamos mobilizar a categoria em defesa do sindicato”, destacou o dirigente, que foi admitido em concurso dos Correios há 15 anos, há 10 atua no sindicato e, há 5, é presidente da entidade.

No ano passado, a categoria paralisou as atividades por 18 dias. O movimento foi encerrado em outubro, após proposta que prevê reajuste de 2,07% nos salários e benefícios, manutenção das cláusulas sociais, compensação de 64 horas (oito dias) e desconto dos demais dias de ausência, além da manutenção das cláusulas já existentes no acordo firmado em 2016.

No total, trabalham nos Correios em Mato Grosso 1.550 profissionais. O sindicato alega que há um déficit no quadro funcional e que a empresa deveria empregar, no mínimo, 2,3 mil trabalhadores para dar conta da demanda no Estado.

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