Centenas de motoristas estão ficando sem água para beber e preparar a alimentação. Eles estão parados com carretas e caminhões carregados há mais de uma semana, em um trecho sem asfalto, de pelo menos 50 quilômetros na rodovia federal, nas proximidades da comunidade Riozinho, cerca de 22 quilômetros de Morais Almeida, no Pará (695 quilômetros de Sinop). De acordo com um motorista e morador de Guarantã do Norte, João Carlos Miranda, a fila já passa de 20 quilômetros. “Estamos no meio da floresta sem água e estão acabando os mantimentos. Todo mundo está preocupado. A mesma história do ano passado está se repetindo novamente. No mínimo, já deve ter uns mil caminhões parados”.
Conforme Só Notícias já informou, ontem, o tráfego de carretas que saem de Mato Grosso levando grãos até o porto de Miritituba precisou ser parcialmente interrompido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Exército devido aos atoleiros causados pelo excesso de chuvas dos últimos dias.
Um inspetor da PRF chegou a se reunir com os caminhoneiros em um posto de combustíveis para explicar a gravidade dos atoleiros e apontou que houve a tentativa liberar algumas carretas, mas não conseguiram passar e precisaram ser auxiliadas por máquinas do Exército, na última terça-feira. Por isso, houve a interdição parcial para a situação não piorar.
Em fevereiro do ano passado, um grande atoleiro se formou no trecho da rodovia entre os municípios de Trairão e Novo Progresso e prejudicou o transporte de grãos entre o Mato Grosso e o porto de Miritituba. Os caminhoneiros ficaram parados na estrada por pelo menos 10 dias formando congestionamento que chegou a 50 quilômetros.