Uma equpe do Órgão de Defesa do Consumidor (Procon) percorreu, ontem à tarde, diversos postos de combustíveis do município para verificar se houve aumento abusivo de preços diante dos baixos estoques e falta do produto em várias empresas com o significativo aumento no consumo devido ao bloqueio nas rodovias federais e risco de total desbastecimento. A diretora do órgão, Juliana Torres Baptista, informou que foram solicitadas Notas Fiscais de compra de combustíveis e uma planinha de preços praticados ao consumidor, desde o dia 20 desse mês, para comparar com os valores na bomba, ontem.
Foram visitados também os postos que não tinham mais combustível. “Não encontramos, de fato, nenhuma irregularidade aparente, no entanto, orientamos a população que, caso se sinta lesado, que peça a Nota Fiscal do abastecimento e nos procure para abrirmos um processo. Assim, e se constatado, autuaremos o posto e pediremos o ressarcimento do valor cobrado abusivamente”, disse a diretora, através da assessoria.
“Tivemos, ainda, um comum acordo com o Ministério Público, de notificar e usar do bom senso com a população que estava há 3, 4, muitas vezes, 6 horas em uma fila esperando para abastecer seu veículo”, acrescentou.
Conforme Só Notícias já informou, mais de 80% dos postos em Sinop estão sem combustíveis.
O bloqueio dos caminhoneiros nas rodovias permanece por tempo indeterminado. Representantes apontam que o governo ainda não atendeu pedido para reduções nos preços dos combustíveis com isenção PIS/Confins e aprovação do projeto de política de preços mínimos do transporte rodoviário de cargas para promover condições razoáveis aos fretes em todo o território nacional, mediante tabela elaborada semestralmente pelo órgão competente com valores por quilômetro rodado por eixo carregado e conforme a carga – que são considerados essenciais para o movimento terminar.