A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou um Grupo de Trabalho em Mato Grosso para elaborar uma norma, com validade nacional, de padronização do uso de resíduos de madeira como combustível e entregou um esboço do projeto à Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt). A comissão geral deverá ser instalada formalmente no início de abril e deve ter representantes de fornecedores e consumidores do material, além de atores neutros – como estudiosos ou representantes de universidades.
A criação do grupo de trabalho no Estado foi comemorada pelo setor de base florestal. O presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Rafael Mason, participou será o interlocutor da Fiemt com a ABNT para conduzir o grupo. “Hoje, existe muita variação de formato, tamanho, umidade do resíduo. Com a criação da norma, será possível padronizar, pois existe mercado para comercialização”, afirma.
A ABNT vai orientar todo o processo de elaboração da norma, que, além de valer para todo o país, vai subsidiar também a elaboração da norma internacional – uma vez que sua criação segue os padrões da ISO.
O vice-presidente do Conselho Deliberativo da ABNT, Mauro William Esper, destaca o ineditismo da inciativa e lembra da importância dessa normatização. "Estamos falando de um combustível que é biomassa, ou seja, carbono zero. Não gera efeito estufa", destaca. Ele citou ainda o imenso potencial Mato Grosso no uso dessa energia, na qual o Brasil é pioneiro, com uma estimativa de geração anual de seis milhões de toneladas de resíduos. Esses resíduos – no caso da madeira, pó de serra, aparas, maravalha e outros – podem ser usados na geração de energia, em caldeiras, fábricas de cimento e esmagadoras de soja, por exemplo. A informação é da assessoria.